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Lançando novo projeto, Luiz Caldas diz que parou de cantar ‘Fricote’ porque não quer ‘ofender’

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Lançando novo projeto, Luiz Caldas diz que parou de cantar ‘Fricote’ porque não quer ‘ofender’

Música do artista baiano foi considerada racista

Por Da Redação
Lançando novo projeto, Luiz Caldas diz que parou de cantar ‘Fricote’ porque não quer ‘ofender’
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O cantor e compositor baiano Luiz Caldas fez sucesso com a música  "Fricote", que ficou conhecida como marco zero do axé music, mais tarde, no entanto, a canção que diz “nega do cabelo duro, que não gosta de pentear” foi considerada racista. Apesar de todo sucesso, o pai do axé music disse ao jornal O Globo que  atualmente prefere não cantar a música porque “não quer ofender”. Segundo ele, relembrar a canção em seus shows se tornou “desnecessário”.  

“Quem fez essa música virar sucesso foi o povo da Bahia, cuja maior parte é negra. Ofereço esse disco, está escrito lá, aos meus pais, minha cunhada e aos negros da Bahia. Se eu tivesse o intuito de sacanear... Inclusive meu parceiro de composição, Paulinho Camafeu, é negro. Como se explica isso? Existem várias músicas que falam desse universo e não cabem hoje. Se quer viver bem em uma sociedade é preciso respeitar as regras. Admiro essa geração que está colocando muitas coisas no eixo”, disse.

“Hoje, não canto ‘Fricote’, acho desnecessário. Se tivesse só um sucesso, como muitos artistas, teria que cantá-la até morrer para me sustentar e sustentar minha família. Mas tenho muitos, são mais de 1000 só desse novo projeto. Acho que ‘Fricote’ cumpriu o papel dela, de ser o elo com essa corrente toda que chama axé music e que não é bem um estilo musical como samba, o rock, mas uma forma de fazer música, que faz um convênio com todos os estilos”, completou.

Aos 58 anos, o artista afirmou ao jornal que prepara uma ópera com o maestro Carlos Prazeres, da Orquestra Sinfônica da Bahia e está indicado ao Grammy Latino 2021 com o álbum "Sambadeiras". Além disso, ele contou que está dando seguimento ao projeto que começou em 2013 de lançar um disco por mês. Já são 116 álbuns , de gêneros que vão do do metal ao afro, passando pela salsa, pop e sertanejo e somam mais de mil músicas.

No próximo dia 29, ele lança "Playlist brasileira 1", álbum de regravações de algumas de suas canções favoritas. Segundo ele, esse projeto começou no início na quarentena quando, sem poder fazer shows, passou a postar vídeos tocando canções. Daí, surgiu o convite para que gravasse um disco de voz e violão com uma seleção afetiva de canções.

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