Economia
Queda registrada no período foi de 0,6%
FOTO: Reprodução/Tecnoblog
Uma pesquisa realizada para avaliar o uso do auxílio emergencial mostrou que a classe C passou a ser a responsável por sustentar os gastos com alimentos e produtos de higiene e limpeza nos supermercados durante a pandemia. De acordo com um levantamento da Nielsen, comparando o segundo semestre de 2019 e o primeiro deste ano, a classe C registrou uma queda de 0,6% nos gastos, enquanto o total das classes sociais reduziu 2,7%.
"O que significa que muito possivelmente a classe C pode ser sim o motor para fazer com que os gastos caiam menos. Não é que está impulsionando para um crescimento, ainda não tem essa força, mas é sim a classe social que está conseguindo fazer com que o consumo retraia menos", afirma Andrea Stoll, gerente da Nielsen Brasil.
A classe C é definida como o segmento da população cuja renda per capita está entre R$ 500 e R$ 2.000. Na última década, foi responsável por impulsionar o consumo no país. "Todas as classes estão diminuindo seus gastos. Mas a classe C é a que está contribuindo menos para esse recuo", avalia Andrea.
Ela explica que levantamento realizado em maio mostrou que, em média, 80% dos lares brasileiros iriam usar o valor do auxílio emergencial para pagar contas. Mas nas classes mais baixas, havia uma concentração maior de intenção de gastos em produtos da cesta de alimentos. Cruzando esses dados com o gasto geral, considerando o primeiro semestre deste ano com o anterior, os lares diminuíram em quase 3% o valor total, mas a classe C foi a que teve menor variação negativa.
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