Lideranças dos caminhoneiros dizem que aviso foi dado e preparam novos protestos

O governo não se pronunciou sobre a mobilização

[Lideranças dos caminhoneiros dizem que aviso foi dado e preparam novos protestos]

FOTO: Foto/Reprodução

Os caminhoneiros que protestaram pelo País desde o último domingo (25), avaliam o movimento como positivo e que trouxe avanços ante o realizado em fevereiro. Segundo eles, os atos trouxeram maior adesão dos transportadores, em meio ao crescente descontentamento da categoria com as promessas não cumpridas pelo governo federal. Lideres do movimento mostraram descontentamento com o silêncio das autoridades.

Segundo o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, a mobilização atingiu a expectativa esperada. “A mobilização foi muito boa. Calculamos que pelo menos 20 mil caminhoneiros aderiram à paralisação. Observamos também que o número de veículos de carga rodando na estrada diminuiu expressivamente”, afirmou Dias.

O CNTRC disse que os transportadores autônomos retomaram as atividades no fim da tarde desta quarta-feira (28). Os protestos registrados nesses quatro dias ocorreram em formação de piquetes nas margens das estradas e em postos de combustíveis, com extensão de faixas e veículos parados. Não houve relatos de interdição ou bloqueio de rodovias.

De acordo com Dias, a categoria deve se reunir em 20 dias para discutir o rumo dos atos e novas medidas que poderão ser adotadas pelas entidades e sindicatos presentes no movimento. “A possibilidade de uma nova mobilização será discutida neste encontro. Primeiro, precisamos ver a situação que cada entidade trará de sua base”, afirmou.

A posição das autoridades competentes também serão determinantes para as próximas medidas dos transportadores autônomos, segundo o líder do Conselho. “O recado foi dado. Mostramos ao governo que houve um grande avanço da categoria em geral que está descontente com a situação. Há projetos existentes, mas até agora nada foi efetivado”, contou Dias.

O Presidente do Sindicam, Luciano Santos, afirmou que deu dez dias aos governantes para responderem sobre o atendimento das demandas. "Depois desse prazo, se não resolverem, podemos chamar uma possível nova greve", afirmou Santos.


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