Limpurb: Prefeitura aumenta valor de licitação em 56%; filho de Paulo Souto e amigo de ACM Neto concorrem

Valor da licitação é de R$ 1,3 bilhão

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FOTO: Reprodução

A Prefeitura de Salvador anunciou a abertura de licitação para coleta de lixo na cidade no valor de R$ 1,3 bilhão, o valor é 56% maior do que o último processo aberto dois anos atrás, no valor de R$ 840,7 milhões,  e será dividido em três lotes.  As empresas concorrentes, no entanto, permanecem as mesmas que atualmente realizam a coleta em Salvador: Jotagé Engenharia; MM Consultoria Construções e Serviços; Naturalle Tratamento de Resíduos e Torre Construções. 

Tanto a Naturalle quanto a Jotagé Engenharia tem ligações próximas com o comando do Executivo Municipal. A Naturalle que disputa o lote de R$ 548,3 milhões, tem entre os sócios Vitor Souto, filho do ex-secretário da Fazenda de ACM Neto, Paulo Souto.  Em 2018, o primeiro contrato da empresa previa o pagamento de 113,8 milhões em dois anos. Em 2020, o contrato foi renovado, sem licitação, pelo mesmo montante. Às vésperas de sair da prefeitura, em novembro de 2020, ACM Neto garantiu um aditivo que ampliou em mais 4,7 milhões o contrato. Em maio de 2022, a prefeitura já sobre o comando de Bruno Reis elevou em mais 2,6 milhões os pagamentos.

Já a MM Consultoria pertence a José Marcos de Moura, amigo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto. Desde 2018 quando firmou contrato licitado em R$ 85,5 milhões, Moura mais que dobrou os recursos.  O aumento é resultado direto de aditivos contratuais assinados nos últimos meses de ACM Neto à frente da prefeitura de Salvador, que também ampliaram o prazo de prorrogação da prestação de serviços.

Moura também foi citado pela Justiça, dessa vez na operação Faroeste, que investigou a venda de decisões por desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia. A Procuradoria Geral da República apontou relatório do Coaf que demonstra 9,7 milhões de reais em movimentações suspeitas de uma empresa de suas empresas, a MM Consultoria Construções e Serviços, o que formaria um o elo entre o empresário, o secretário de Segurança Pública e os desembargadores envolvidos no esquema. Moura, no entanto, não foi investigado pela PGR.


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