Mais de 125,8 milhões de brasileiros, ou 59,3% da população, sofreram com insegurança alimentar desde a chegada da pandemia da covid-19. Isso indica que mais da maioria dos brasileiros não comeram em quantidade e qualidade suficientes. 

O resultado faz parte do estudo “Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil”, coordenada pelo do Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia, com sede na Universidade Livre de Berlim.

A pesquisa mostra que as famílias que possuem crianças de até quatro anos tiveram o índice de segurança alimentar maior, com 70,6%. O número também é alto na comparação com a média nacional, que ficou em 29,3%. Outros 20,5% foram considerados como pessoas que passam fome.

O estudo também analisou o consumo de alimentos não saudáveis pela população, que é associado ao surgimento de doenças crônicas.

Em relação aos alimentos saudáveis, a carne foi a que teve a maior redução no consumo, em 44%. Em seguida, aparece as frutas (41%) e legumes (37%). Já sobre os produtos industrializados, 54,2% disseram que continuaram se alimentando desses tipos de produtos e outros  6,4% afirmaram que houve aumento no consumo.