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Ministério da Defesa gasta 83,5% do orçamento com pessoal

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Ministério da Defesa gasta 83,5% do orçamento com pessoal

Órgão somou despesa de R$ 110,8 bilhões em 2020

Por Da Redação
Ministério da Defesa gasta 83,5% do orçamento com pessoal
Foto: Reprodução

Um levantamento realizado pelo (M)Dados aponta que a cada R$ 10 despendidos pelo Ministério da Defesa, R$ 8,35 destinam-se a gastos com pessoal. O órgão, que envolve todas as Forças Armadas, somou uma despesa de R$ 110,8 bilhões em 2020. Desse total, R$ 92,4 bilhões foram para a folha de pagamento, o que representa 83,5% do total.

A destinação da maioria dos recursos para salários e pensões mostra como as Forças Armadas brasileiras focam mais em pessoal do que em tecnologia e estrutura. Além disso, dentro dos R$ 92,4 bilhões gastos com pessoal, apenas R$ 38,2 bilhões vão para o pessoal na ativa, tanto militares quanto civis. Isso representa 41,3% do total. De acordo com o levantamento, realizado com base nas informações do Siga Brasil, a maioria dos gastos de pessoal de Exército, Marinha e Aeronáutica (58,7%) vai para aposentados e pensionistas.  

Ainda segundo o levantamento, os órgãos que costumam ter o maior percentual de seus gastos com pessoal são os do Judiciário e do Legislativo, já que suas atividades envolvem principalmente pessoas, e não investimento. O Ministério da Defesa é o terceiro colocado, quando se leva em conta apenas o Executivo. A pasta federal fica atrás apenas da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU).

“O Brasil é um país pacífico, distante de zonas de conflito e das principais potências mundiais, e tem tradição de pacifismo nas relações internacionais. O orçamento federal é pequeno. Por tudo isso, eu acho que não se justifica a existência de Forças Armadas muito grande, e a gente tem a 15ª maior Força do mundo”, disse o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Juliano da Silva Cortinhas. 

“Nossas Forças Armadas continuam sendo desenhadas para lutar guerras de invasão ao território. Essas guerras são muito improváveis”, prossegue. Para Cortinhas, “os cenários principais que as Forças Armadas poderiam atuar são de alta tecnologia, como ataques cibernéticos, uso de drones etc. Nós não estamos nos capacitando para isso, pelo contrário”, apontou.
 

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