Ao menos 1,2 milhão de testes para detecção da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, venceram no estoque do Ministério da Saúde em março deste ano. Parte dos produtos do tipo RT-PCR, avaliados em R$ 42,7 milhões, perdeu a validade no último dia 9, enquanto o resto venceu em 13 de março. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. 

Além de detectar a Covid-19, os testes também servem para o diagnóstico do VSR (vírus sincicial respiratório) e da influenza A e B. Em nota, a equipe da ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é culpada pelo acúmulo de exames com validade curta. "Ao assumir, a atual gestão da pasta se deparou com os quantitativos em estoque sem tempo hábil para distribuição e uso", diz o documento.

O ex-ministro Marcelo Queiroga, no entanto, rebate a fala do governo atual. Segundo ele,  "todos os dados foram passados para a equipe de transição". "Eles sabem disso, inclusive foi assinado termo de confidencialidade", afirmou Queiroga.