Moradores de condomínio em Lauro de Freitas reclamam de poluição causada por fábrica de isopor

Empresa disse que tem todas as licenças ambientais para atuar na região

[Moradores de condomínio em Lauro de Freitas reclamam de poluição causada por fábrica de isopor]

FOTO: Reprodução/ TV Bahia

Moradores de um condomínio no bairro do Caji, em Lauro de Freitas, cidade na região metropolitana de Salvador, reclamam que uma fábrica de isopor e concreto está poluindo a região. A fábrica Refran, instalada na área desde 1994, lança uma fumaça densa no ar e, além disso, segundo os moradores, também lança no ar um resíduo em pó que causa problemas respiratórios na população.

"Falta de ar, dor de cabeça. Eu já tive duas vezes, em um ano que moro aqui, na emergência com falta de ar. A médica disse que é um processo alérgico muito forte. Tenho cansaço para falar, os olhos ardem muito, muita dor de cabeça. É muito difícil", disse Arthur.

Há dois anos, os  moradores recorreram ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) por causa dos prejuízos causado pela poluição. De acordo com uma das moradoras, Rilza Meire, que também é síndica do condomínio, já foi registrada uma reclamação no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e teve audiência pública com a prefeitura.

"O Ministério Público encaminhou para a Secretaria de Meio Ambiente. Eles mandaram aqui uns técnicos, mas nenhuma medição de ar foi feita. Fiz uma queixa também no Inema, aí eles me encaminharam o ofício e o protocolo. Atrelado a isso, foi feita também uma petição para medição de ar, porque nós precisamos de um laudo técnico", disse Rilza.

Os principais horários que a fábrica lança a poeira escura no ar é durante o início da manhã e o fim da tarde, como conta o policial Antônio Santos, que também mora no condomínio. "A partir de 5h da manhã, nós já somos impactados por essa triste realidade. Já começamos a cansar, dores de cabeça, náuseas", pontua ele.

Em nota, a fábrica explicou que a unidade de Lauro de Freitas tem todas as licenças necessárias e cumpre todas as normas exigidas pelos órgãos competentes para a atividade produtiva com poliestireno. Além disso, a empresa acrescentou que, atualmente, a empresa está em processo de mudança para uma área maior. Disse que a mudança estava prevista para abril de 2020, mas foi adiada por causa da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. 
 A previsão de saída é para o primeiro trimestre do ano que vem.

Já a Secretaria de Meio Ambiente de Lauro de Freitas informou, em nota, que, recentemente, testes foram realizados e indicaram que parte das irregularidades foi sanada. Em relação à fuligem que sai pela chaminé da empresa, a secretaria disse se trata de vapor de água sem efeito nocivo para a saúde. Sobre o mau cheiro, a secretaria informou que a fábrica pediu ampliação do prazo para implantação das medidas solicitadas pela prefeitura porque está com dificuldade de contratar um empresa especializada para realizar o procedimento.


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