A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) encaminhou nesta quinta-feira (4), um ofício à Procuradoria da República no Distrito Federal solicitando que seja investigada as falas do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. 

Em um áudio divulgado esta semana pelo Estadão, Camargo aparece chamando o movimento negro de “escória maldita”,  prometendo demitir servidores “esquerdistas” e xingou também uma mãe de santo de “macumbeira” “filha da puta”. Segundo o procurador federal dos direitos do cidadão, Carlos Alberto Vilhena, as faltas denotam racismo e “possível desvio de poder”.

Desvio de poder, porque mostra, segundo Vilhena, que Camargo pretende demitir servidores por motivos ideológicos, o que seria improbidade administrativa. E racismo, porque o áudio mostra o presidente da Fundação Palmares usando palavras depreciativas para se referir ao movimento negro. A ação foi enviada à Procuradoria Regional porque a PFDC só tem atuação extrajudicial. A decisão de abrir ou não a investigação cabe à PRDF. Ambos os órgãos fazem parte do Ministério Público Federal.