O incompleto Acordo de Paz de Oslo

Confira o editorial desta segunda (13)

[O incompleto Acordo de Paz de Oslo]

FOTO: Divulgação

Há exatos 28 anos, o mundo assistia a assinatura do Acordo de Paz de Oslo, na Noruega, entre judeus e palestinos. À época, este seria um marco da história que abriria caminho para a retirada israelense de áreas na faixa de Gaza.

O momento, aquele da famosa foto em que o primeiro-ministro Yitzhak Rabin dá a mão ao líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, em encontro mediado pelo então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, foi visto como triunfo após décadas de conflito.

Os acordos do Oslo foram uma série de acordos entre o governo de Israel e o líder da organização política palestina (e paramilitar, tida pela Liga Árabe desde outubro de 1964 como a ‘única representante legítima do povo palestino’).

Assinaram acordos que se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém.

O processo, porém, selou mais divisões do que fronteiras. Hoje está congelado e muito longe até mesmo de se retomar ao clímax da desejada paz que se desejava traçar no acordo.

O fundamentalismo dos grupos islâmicos na região (vide o retorno tão incisivo do Talibã em pleno 2021 no Afeganistão), o radicalismo das lideranças judias, os assentamentos judeus na parte oriental de Jerusalém, os refugiados palestinos em outros países árabes e a construção do muro na Cisjordânia (ou Muro de Israel, que aumentou a segurança de israelenses mas isolou muitos palestinos) foram e ainda são obstáculos para a paz.


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