O babalorixá, Pai Adriano de Ogum, falou, nesta segunda-feira (8), durante o podcast Podomblé, produção da FB Comunicação, sobre o episódio em que ele teria sido expulso pelo padre da Paróquia Nossa Senhora dos Mares, Manuel da Paixão Gomes, no dia 22 de março.

Segundo Adriano, o padre pediu para que ele e seus iaôs (filhos de santo que passaram pela iniciação) saíssem da missa, pois eles estariam desrespeitando o líder religioso.

“O padre nos pede para a gente se retirar da igreja, e eu pergunto a ele por que me retirar. Porque quando eu fui iniciado, eu passei pela aquela igreja, é um ritual das minhas águas fazer essa romaria,” afirmou. 

“A gente não tem o ato de levar adjá, a gente não tem o ato de ir com pandeiro, com o atabaque, como o padre disse que a gente estava fazendo uma manifestação, que a gente estava desrespeitando ele. Só que, eu questiono, desrespeitar é você chegar em uma igreja ficar nos últimos assentos da igreja, os “iaôs” ficarem ali abaixado, ouvindo só ele celebrar a missa isso é desrespeito? Isso é desacato?”. questiona   

Após o ocorrido, o Babalorixá afirmou que tomou as medidas legais e que vem recebendo o apoio de outros líderes religiosos. 

“Como eu estava com os “iaôs”, eu não quis prolongar, porque o iaô [estava] com a joia no pescoço, tudo direitinho, a gente não quis prolongar. Quando a gente sai dali, a gente procura os nossos direitos e faz uma denúncia. Recebi o apoio também de Pai William, Pai Alagan que me deu suporte, me deu apoio,” acrescentou.

Em entrevista ao Farol da Bahia, Pai Adriano declarou que o processo contra o padre está sobre segredo de justiça. Além disso, o religioso declarou que tanto o padre, como a igreja católica se retrate pelo episódio. 

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