Ômicron: casos de novo subtipo crescem e OMS pede prioridade nas investigações
Objetivo é descobrir como funcionam as propriedades de escape imunológico e virulência
Os casos de Covid-19 provocados pela sub-linhagem da Ômicron (BA.2) estão aumentando em vários lugares do mundo. Com isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou aos países que priorizem as investigações sobre o subtipo, com o objetivo de descobrir como funcionam as propriedades de escape imunológico e virulência.
"A partir de 24.01.2021, a linhagem descendente BA.2, que difere de BA.1 em algumas das mutações, inclusive na proteína spike, está aumentando em muitos países. Investigações sobre as características de BA.2, incluindo propriedades de escape imunológico e virulência, devem ser priorizadas independentemente (e comparativamente) a BA.1.", disse a entidade, em seu site.
A sub-linhagem da Ômicron, detectada inicialmente na Austrália, África do Sul e Canadá, agora está presente na Índia, Reino Unido e Dinamarca. De acordo com o jornal americano The Washington Post, somente na Dinamarca, que tem um grande programa de sequenciamento genético do vírus, a BA.2 já representa 65% dos novos casos de Covid-19, com a linhagem original (BA.1) em declínio.
Ainda não há nenhum registro de que o subtipo da Ômicron seja mais violento, se espalhe mais rápido ou escape da imunidade melhor que o BA.1. O Robert Garry, virologista da Tulane University School of Medicine, destaca que não existe razão para se pensar que o subtipo seja muito pior que a versão original da Ômicron.
Segundo a OMS, a Ômicron já possui quatro sub-linhagens: BA.1 (original), BA.1.1, BA.2 e BA.3. A primeira é sobre a qual há mais informações, com maior quantidade de sequenciamentos do genoma do vírus relatados à entidade.