As Nações Unidas anunciaram, nesta terça-feira (26), que receberam cerca de 758 denúncias relacionadas a abuso e exploração sexual durante o ano de 2023. Mais da metade deste número, equivalente a 384 alegações, estão ligadas a situações envolvendo funcionários da organização e pessoal afiliado.

Um vídeo divulgado pelo secretário-geral para o lançamento do relatório destaca que os perpetradores desses atos de violência "abusam de seu poder, causam danos e traumatizam as vítimas, minando a confiança depositada na organização pelas comunidades que ela serve".

António Guterres enfatiza que é responsabilidade de todos os funcionários "eliminar o abuso e exploração sexual do ambiente de trabalho, apoiar as vítimas e responsabilizar os autores e aqueles que os facilitam".

Países contribuem com tropas e policiais

O Escritório de Serviços de Supervisão Interna iniciou 130 investigações sobre queixas de abuso e exploração sexual. Dessas, 30 envolvem representantes de países que contribuem com tropas e forças policiais para as fileiras da ONU.

Houve um aumento de 65% nos casos recebidos dessa forma de violência, passando de 98 em 2019 para 162 em 2023. A ONU está buscando recursos adicionais dos Estados-membros para melhor cumprir seu mandato.