Três homens e uma mulher que haviam sido presos nesta terça-feira (23) pela Polícia Federal (PF), pela suspeita de terem invadido o telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, serão transferidos para Brasília, onde vão prestar depoimento.

Segundo informações do Estadão, os suspeitos devem prestar depoimento ainda hoje na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal. Os detalhes da investigação serão mantidos em sigilo de Justiça até às 12h desta quarta-feira (24).

Além de Moro e Dallagnol, procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná e outras autoridades também foram hackeados. No mandado de buscas, há menção ao desembargador federal Abel Gomes do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio de Janeiro, ao juiz federal Flávio Lucas da 18.ª Vara Federal do Rio e os delegados Rafael Fernandes, da PF de São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, da PF Campinas.

Os mandados foram emitidos pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília. A operação foi batizada de Spoofing, expressão inglesa que designa um ataque de falsificação. É uma situação em que uma pessoa ou um programa se disfarça como outro falsificando dados, para obter uma vantagem ilegítima.