OSBA interpreta Rachmaninoff em vídeo concerto com pianista Cristian Budu

Juntos, o artista e a orquestram interpretam: “Concerto para piano nº 2 em dó menor, Op. 18”

[OSBA interpreta Rachmaninoff em vídeo concerto com pianista Cristian Budu]

FOTO: Reprodução

A programação de novembro da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) inicia no dia 12 de novembro, às 20h, com o vídeo-concerto “OSBA convida Cristian Budu”, no YouTube, que traz o consagrado pianista brasileiro interpretando junto com a orquestra o “Concerto para piano nº 2 em dó menor, Op. 18”, do compositor russo Rachmaninoff (1873-1943), uma das mais celebradas do repertório pianístico, sob regência de Carlos Prazeres.

Para Cristian Budu, solista tido por críticos internacionais como uma nova referência de piano no mundo, é uma honra trabalhar com a OSBA, grupo com o qual passou uma semana no mês de outubro, entre ensaios e gravação do concerto no Teatro Castro Alves. “Me sinto em casa. Estar de volta à Salvador, fazendo o que eu mais amo, música, com um grupo que eu tenho tenho carinho, e tocar uma obra tão importante, é muito especial pois admiro demais os princípios da OSBA, uma orquestra que não apenas deseja fazer música mas também comunica e toca as pessoas através da música”, diz o pianista, que celebra também o fato de que como se trata de um concerto em vídeo, a gravação permanecerá e poderá ser assistida por um público maior, inúmeras vezes. 

O “Concerto para piano nº 2 em dó menor, Op. 18”, de Rachmaninoff (1873-1943), é uma história bastante peculiar da biografia do compositor russo, que além de representar um dos últimos expoentes do romantismo na música ocidental, é tido por estudiosos como um dos pianistas mais influentes do século XX. Rachmaninoff era um prodígio, aos 9 anos entrou no conservatório em São Petersburgo e aos 19 já havia sido premiado com a sua obra. Havia uma expectativa grande das suas obras que ainda iriam vir. 

Com o seu primeiro concerto para piano e sua primeira sinfonia, ele recebeu duas críticas, além de terem sido estreias desastrosas em termos de execução. Rachmaninoff teve uma severa depressão e em 1900 iniciou um tratamento psicológico com um médico consagrado usando hipnoterapia e psicoterapia. No tratamento de hipnose, o médico repetia que o compositor iria escrever seu segundo concerto para piano e seria bem sucedido. Neste mesmo ano, são escritos dois movimentos do concerto, que estreou completo no ano seguinte, em 1901, com muito êxito e com Rachmaninoff tendo dedicado o concerto ao Dr. Dahl, seu terapeuta. 

Para Cristian Budu, que aprendeu o concerto adolescente e não o toca profissionalmente há muitos anos, “Revisitar esta obra 15 anos depois, ainda mais neste período em que estamos vivendo, tem um significado muito especial porque ele é uma obra escrita numa fase de superação do próprio compositor”, diz o pianista, que continua: “Interpretar esta música neste momento em que a gente precisa de superação, de dar a volta por cima, se reinventar, se revigorar, lembrar da importância da música, da arte e da cultura na vida das pessoas deste país é muito bonito e fico feliz de estar fazendo isso junto com a OSBA”, completa Budu.
 


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