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Na terça-feira (23), o chefe de Estado português reconheceu a culpa do país pela escravidão e massacres no Brasil e em outras colônias
FOTO: Tomaz Silva/Agência Brasil
O partido de extrema direita português criticou, na última quarta-feira (24), o presidente Marcelo Rebelo de Sousa por ter reconhecido a culpa de Portugal pela escravidão e massacres no Brasil e em outras colônias.
"Vergonha! Se houvesse forma de destituir o Presidente da República Portuguesa neste momento, o Chega fá-lo-ia!", diz a mensagem do partido na conta do X (antigo Twitter).
Nas eleições, em março, o Chega conquistou 48 cadeiras no Parlamento português, quadruplicando o número de assentos que ocupavam e se tornando a terceira força política do país.
Em conversa com correspondentes estrangeiros, na noite de terça-feira (23), Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que seu país foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil na era colonial e deve pagar por isso.
Segundo Rebelo, ele sugeriu ao governo fazer reparações pela escravidão e afirmou que Portugal "assume total responsabilidade pelos danos causados", como massacres a indígenas, a escravidão de milhões de africanos e bens saqueados.
Durante a conversa, no entanto, o presidente português não detalhou de que forma a reparação será feita.
Essa foi a primeira vez que um presidente de Portugal - que é o chefe de Estado no país- reconhece a culpa. No ano passado, Rebelo de Sousa disse que Portugal deveria se desculpar pela escravidão transatlântica e pelo colonialismo, mas não chegou a pedir desculpas completas.
Já na noite de terça-feira, ele alegou que reconhecer o passado e assumir a responsabilidade por ele era mais importante do que pedir desculpas.
"Pedir desculpas é a parte mais fácil", disse ele.
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