O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (30) que vai prosseguir com a reforma tributária, respondendo à provocação desta terça (29)  do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que questionou nas redes sociais por que o ministro teria "interditado" o debate sobre o assunto. O ministro fez questão ainda de aumentar a temperatura, e usar a mesma palavra de Maia para cobrá-lo: "Não há razão para interditar as privatizações", provocou. Logo após, Guedes continuou contando que existem "boatos" de que Maia teria um acordo com a esquerda para não pautar privatizações. 

"Nós precisamos retomar as privatizações, temos que seguir com as reformas, temos que pautar toda essa transformação que queremos fazer", falou o ministro.

Havia uma expectativa nesta segunda (28) de que mais uma parte da reforma tributária fosse entregue, mas a falta de entendimento, especialmente quanto à criação de um novo imposto, atrasou essa previsão. A segunda fase do texto do governo deve tratar da desoneração da folha de pagamento, que teria que ser compensada por um novo tributo sobre transações financeiras, a qual Rodrigo Maia é abertamente contrário.