O Partido Democrático Trabalhista (PDT) anunciou uma mudança na logomarca tradicional. Agora, a rosa conta com detalhes verdes e azuis. A bandeira do partido é símbolo do “brizolismo”, criada em homenagem ao lenço vermelho-maragato que o ex-governador do Rio Leonel Brizola, fundador do partido, usava. 

O responsável pela repaginada foi o marqueteiro João Santana, que conduz a eleição deste ano. Agora, o símbolo do partido conta as cores verde e amarela, além do azul e o vermelho das pétalas.

A mudança faz referência à Bandeira do Brasil, para compor o campanha do pré-candidato da legenda ao Planalto, Ciro Gomes. 

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirma que as cores e a mudança também são uma resposta ao uso político das cores da Bandeira brasileira pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). "A nova rosa será usada em peças de campanha para não deixarmos Bolsonaro roubar símbolos nacionais, como a Bandeira do Brasil", disse.

A líder do PDT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Juliana Brizola, neta do ex-governador, afirma que a mudança valoriza a rosa da Internacional Socialista.

"Incluir o verde e o amarelo na logo do PDT é importante nesse momento de usurpação da Bandeira do Brasil, para que novamente os brasileiros se apropriem das cores nacionais, que são de toda a nação. Elas não são do Bolsonaro e de seus seguidores", afirmou. 

O presidente da Associação Cultural Leonel Brizola, o ex-vereador Leonel Brizola Neto, não foi a favor da mudança, apontando que o novo símbolo aponta para uma guinada do PDT para a direita.

"Na campanha para a prefeitura do Rio em 2020 o PDT tinham substituído a rosa pelo símbolo da polícia (a candidata foi a deputada e ex-delegada Martha Rocha). É a demonstração que Ciro Gomes levou o PDT para a direta", afirmou.