Pela primeira vez, USP tem maioria de alunos que vieram de escolas públicas

Em 2021, alunos que vieram de escolas públicas são 51,7% do total de estudantes

[Pela primeira vez, USP tem maioria de alunos que vieram de escolas públicas ]

FOTO: Agência Brasil

Neste ano, a Universidade de São Paulo (USP) registrou, pela primeira vez na história,  mais alunos que vieram de escolas públicas. No total, eles são 51,7% do total de estudantes. Segundo a  maior instituição pública do Brasil, esse é o resultado de uma política de inclusão que começou em 2018 e que é voltada para alunos de escolas públicas, pretos, pardos e indígenas.

A USP tem 42 unidades. Em 30 delas, o percentual de alunos que vieram da escola pública chegou a pelo menos a 50%, que era a meta esperada. As que tiveram o maior índice de inclusão foram:

-Faculdade de Educação, com 51,5%;
-Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), na Zona Leste, 51%;
-Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), 50%;
-Instituto de Oceanografia (IO), 50%.

As que ficaram mais distantes da meta foram:

-Faculdades de Medicina: 41,1%
-Poli, de Engenharia: 41,5%;
-Faculdade de Direito, no Largo São Francisco, 49,3%.

Em entrevista ao G1, o doutor em política educacional, Eduardo Grotto, disse que o sistema de cotas poderia avançar e ser também econômico. “Se a gente tiver que defender de maneira bastante evidente a política de cotas é porque ela cria uma mudança de rumos na trajetória dos estudantes, em especial os mais pobres. Nós precisamos avançar nesse próximo ciclo da política de reserva de vagas, para que também tenhamos recorte econômico, não só de forma geral, mas também em cursos que continuam, apesar do sistema de cotas, bastante elitizados, como os cursos de medicina e engenharias. Apesar do sistema de cotas tivemos um baixo processo de democratização desses cursos, principalmente quando a gente olha para os estudantes mais pobres”.
 


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