A Petrobras está avaliando como será a construção das plataformas de produção de petróleo P-84 e P-85, elas estarão entre as maiores da história da empresa, enquanto busca ser o pilar da recuperação do setor naval brasileiro, afirmou Jean Paul Prates, o presidente da petroleira. As unidades devem estar em operação após 2028, uma vez que não estão previstas no atual plano estratégico da companhia, lançado no fim de 2023, que considera o horizonte dos próximos cinco anos.  

A declaração de Prates pode ser uma resposta à demanda de integrantes da indústria naval, que tem feito pressão sobre a petroleira devido as mudanças feitas em contratos de licitações de plataformas, de forma que viabilizem a construção de partes das estruturas no Brasil. O executivo afirmou que tem expectativa nas plataformas, mas não detalhou sobre como será a contratação das unidades e quais as possibilidades de construção nos estaleiros do país. 

As contratantes apontam altos custos na indústria naval brasileira, o país pode construir equipamentos e partes de plataformas de produção de petróleo, mas não tem tecnologia e infraestrutura para a construção de uma unidade inteira. Afirmam encontrar condições melhores em outros países, principalmente asiáticos. 

Prates destacou que um programa de apoio governamental deverá ser lançado ainda neste primeiro semestre com o objetivo de apoiar a indústria naval brasileira. O executivo ressaltou ainda durante o evento no Rio de Janeiro que a companhia projeta contratar cerca de 200 barcos de apoio até 2028.