A Polícia Federal concluiu a perícia nas joias que foram apreendidas pela Receita Federal em outubro de 2011, com uma comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O conjunto foi avaliado em R$ 5,1 milhões.

A análise foi feita por especialistas do núcleo de perícias em geologia do Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília. O conjunto da marca suíça Chopard contém colar, anel e brincos de diamante e foi avaliado em R$ 4 milhões. Já o relógio vale em torno de R$ 1 milhão, segundo a perícia. Inicialmente, o conjunto foi estimado em R$ 16,5 milhões.

Especialistas em perícia ouvidos pelo Estadão explicaram que a diferença de valores pode ter ocorrido porque a avaliação feita pela PF, frequentemente, é objetiva. Ou seja, leva em consideração o valor efetivo dos diamantes e deixa de fora elementos que podem aumentar muito o preço nas lojas, como o joalheiro que desenhou a peça, a grife que produziu a joia, o lucro que a empresa vai tirar e o custo para venda e com impostos.

A PF ainda apura se, no caso de recebimento destas joias, houve crime de peculato, que consiste em se beneficiar do cargo para desviar recursos ou bens públicos.