Bahia
Equipes da PF e da Receita estiveram na sede da agência de publicidade Propeg
FOTO: Farol da Bahia
Cerca de 200 policiais federais, com o apoio de 15 auditores fiscais da Receita Federal cumprem 47 mandados de busca e apreensão em desdobramento da 64ª fase Operação Lava Jato, em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. E na manhã desta terça-feira (10), a Polícia Federal (PF) compareceu à sede da agência de publicidade Propeg, na capital.
Investigações
Conforme apurações da PF, o inquérito policial teve início a partir de evidências colhidas na 24ª fase da Operação Lava Jato e tem como foco principal a apuração de crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, tráfico de influência internacional e lavagem de dinheiro envolvendo contratos e/ou acertos suspeitos que geraram repasses milionários a grupo econômico integrado por pessoas físicas e jurídicas.
Os contratos sob investigação foram celebrados com grandes companhias operadoras de telefonia, internet e TV por assinatura atuantes no país e no exterior e as evidências indicam que os serviços contratados pelo citado grupo econômico nos principais casos foram realizados em patamares ínfimos ou não foram prestados, apesar dos pagamentos recebidos integralmente.
O montante dos repasses apurado até o momento chega a R$ 193 milhões, entre os anos de 2005 e 2016.
Mapa da Mina
A operação deflagrada em conjunto com o Ministério Público Federal e Receita Federal é nomeada como Mapa da Mina. O nome foi extraído de arquivo eletrônico de apresentação financeira interno do grupo econômico, contido em material apreendido na 24ª fase da Lava Jato, o qual indicaria como “mapa da mina” as fontes de recursos advindas da maior companhia de telefonia investigada. O significado real da expressão também é objeto das apurações.
Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal, em Curitiba.
Agência nega ser alvo da operação
Em nota, a agência de publicidade Propeg nega ser alvo de operação da Polícia Federal e diz que a cooperação errou o endereço. “A diligência cumprida na agência destinava-se, na verdade, a outra empresa e não a Propeg”.
A agência ainda afirma que já está tomando as devidas providências para desfazer o engano ocasionado pela Receita Federal.
O Farol da Bahia checou e desde cedo, um carro da Polícia Federal está parado na porta da Propeg, conforme mostra a foto que está nesta matéria.
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