PF fez buscas contra advogados de Adélio Bispo em investigação de possível ligação com PCC

Foram realizados seis mandados de busca e apreensão em escritórios e casas de ex-advogados de Bispo

[PF fez buscas contra advogados de Adélio Bispo em investigação de possível ligação com PCC]

FOTO: Divulgação

A Polícia Federal (PF) cumpriu, no dia 14 de março, seis mandados de busca e apreensão em escritórios e casas de ex-advogados de Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro (PL), então candidato à Presidência, em 2018. A ação, no entanto, não houve divulgação porque a operação foi embutida dentro de outra ação deflagrada no mesmo dia, a “Habeas Pater”. As informações são da CNN.

Esse segundo inquérito investiga suposta venda de sentenças de um desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para beneficiar traficantes juntamente ao filho advogado. O caso foi revelado pela “Folha de S. Paulo”.

Os mandados contra os advogados foram cumpridos por integrantes da Diretoria de Inteligência da PF em Belo Horizonte e Juiz de Fora (MG), autorizados pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora.

A decisão do magistrado foi publicada em 11 de novembro do ano passado, ainda durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), e desde então a PF preparava uma operação para cumprir os mandados, dentro desse inquérito presidido pelo delegado Martin Bottaro Purper.

Ligação com o PCC

A PF investiga possível ligação do Primeiro Comando da Capital (PCC) com advogados de Adélio Bispo. A hipótese, aliás, nunca foi descartada, desde 2018, conforme fontes da corporação contaram à reportagem.

Na época do crime, uma equipe de Brasília foi à cidade mineira para auxiliar nas investigações. Lá, a equipe elaborou uma minuta e apresentou ao delegado responsável pelo caso, Rodrigo Morais Fernandes, atual diretor de Inteligência da PF em Brasília.

Na minuta, os investigadores afirmaram que, com os meios disponíveis, não havia como avançar no caso, mas com meios mais tecnológicos, inteligência e quebra de sigilos telefônicos, por exemplo, “seria possível ampliar a apuração e chegar a um possível mandante”. O inquérito nunca teve desfecho.

No ano passado, novos elementos foram incluídos na investigação, que corre sob sigilo. Entre eles, pagamentos fracionados de milhares de reais a um dos advogados de Adélio Bispo durante meses. No total, foram recebidos R$ 315 mil, segundo a PF, em uma empresa aberta pelo advogado Magalhães.

Durante a investigação e análise dos celulares dos advogados, os investigadores da polícia também encontraram um grupo de mensagens chamado “Adélio-PCC”, onde os defensores traçavam estratégias. Uma ligação do advogado com um suposto integrante da facção também faz parte da investigação.


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