A Polícia Federal solicitou a quebra do sigilo de Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente da República, para obter dados, documentos e comunicações. Ele é investigado por suspeita de tráfico de influência. O pedido, porém, foi rejeitado pela Justiça Federal do Distrito Federal. As informações são do jornal Extra.

A solicitação foi apresentada no final do ano passado, onde o objetivo dos investigadores era acessar registros como e-mails, diálogos salvos em nuvem e outros tipos de arquivo. No entanto, o juiz Ricardo Leite indeferiu o pedido. 

A suspeita é de que Renan recebeu doações e repasses de empresários em troca de abrir as portas do governo federal para eles. Os pagamentos teriam sido feitos para a montagem de uma sala comercial usada pela empresa de Renan, do ramo de eventos. 

Procurado, o advogado de Jair Renan, Frederick Wassef, disse que o rigor da PF na investigação sobre o filho do presidente demonstraria que não há interferências de Jair Bolsonaro no órgão e negou irregularidades.

"Eu acho até ótimo que a PF quebre todos os sigilos pois nada devemos. Jair Renan jamais praticou qualquer ato irregular, não ganhou carro de empresário, nem marcou reunião. Não agiu de forma direta ou indireta para ninguém junto ao governo federal", disse.