A subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio Marques, se manifestou, na última segunda-feira (27), contra recurso que o policial militar reformado Ronnie Lessa para cassar decisão que mandou o júri popular. Ele é acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes a tiros em 2018. O crime completou quatro anos sem resolução. 

No início deste mês, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido. Mas, a defesa do ex-policial, intimada da decisão monocrática em 14 de junho, manejou o agravo regimental na mesma data. A ministra enviou os autos foram enviados ao Ministério Público Federal para manifestação. 

Lessa está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande. Em outubro de 2021, foi alvo de mais um mandado de prisão, por lavagem de dinheiro. O ex-policial foi alvo também de uma outra ordem de prisão preventiva, em março, no âmbito de operação da PF (Polícia Federal) contra organização criminosa que atua no tráfico internacional de armas.

O caso foi para ao STF depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitar recurso da defesa contra a sentença de pronúncia de Lessa. Os advogados de defesa alegaram que a fundamentação da decisão que mandou o ex-PM a júri popular, em relação às qualificadoras, seria inválida. Os advogados também sustentaram que não há nos autos informação de qual teria sido o motivo do crime. As informações foram divulgadas pelo STF.

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