PGR pede mais investigações sobre Bolsonaro e 16 indiciados no caso da falsificação de cartões de vacinas

A PGR entendeu que há necessidade de mais diligências para embasar possível denúncia

[PGR pede mais investigações sobre Bolsonaro e 16 indiciados no caso da falsificação de cartões de vacinas]

FOTO: Alan Santos/PR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Superior Tribunal Federal (STF) que as investigações relacionadas ao caso da falsificação de certificados de vacinas da Covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados sejam aprofundadas. 

O PGR, Paulo Gonet, fez a requisição para novas diligências após a Polícia Federal indiciar Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e mais 15 pessoas por crimes como associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.

“É relevante saber se algum certificado de vacinação foi apresentado por Jair Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial, quando da entrada e permanência no território norte-americano. Ao menos seria de interesse apurar se havia, à época, norma no local de entrada da comitiva nos EUA impositiva para o ingresso no país da apresentação do certificado de vacina de todo estrangeiro, mesmo que detentor de passaporte e visto diplomático. A notícia relevante para a avaliação dos tipos penais incidentes no episódio”, considerou Gonet.

A PGR quer ter acesso à resposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre o possível uso efetivo das carteiras falsas de vacinação naquele país; ao relatório da perícia feita no celular do deputado Gutemberg Reis, um dos indiciados por supostamente ter articulado a inserção de dados falsos nos cartões e nos sistemas do Ministério da Saúde; e à análise do conteúdo dos dispositivos eletrônicos (computadores, celulares e pen drives, por exemplo) apreendidos com outros investigados, além de Mauro Cid.

No caso, Bolsonaro foi acusado por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público. Outras pessoas ligadas ao então governo também teriam se beneficiado do esquema. 

Confira os indiciados: 

Jair Bolsonaro: inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa.
Mauro Cid: falsidade ideológica de documento público, inserção de dados falsos em sistema público, falsidade ideológica de documento público, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa.
Gabriela Santiago Ribeiro Cid: falsidade ideológica de documento público, inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento ideologicamente falso, uso de documento falso em nome de suas filhas Isabela Ribeiro Cid e Giovana Ribeiro Cid.
Gutemberg Reis: associação criminosa.
Marcelo Costa Câmara: inserção de dados falsos em sistema público.
Luis Marcos dos Reis: falsidade ideológica de documento público e inserção de dados falsos em sistema público.
Farley Vinicius Alcantara: falsidade ideológica de documento público e inserção de dados falsos em sistema público.
Eduardo Crespo Alves: inserção de dados falsos em sistema público.
Paulo Sérgio da Costa Ferreira: inserção de dados falsos em sistema público.
Ailton Gonçalves Barros: inserção de dados falsos em sistema público, falsidade ideológica de documento público e associação criminosa.
Marcelo Fernandes Holanda: inserção de dados falsos em sistema público.
Camila Paulino Alves Soares: inserção de dados falsos em sistema público.
João Carlos de Sousa Brecha: inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa.
Max Guilherme Machado de Moura: inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento falso e associação criminosa.
Sérgio Rocha Cordeiro: inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento falso e associação criminosa.
Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva: associação criminosa.
Célia Serrano da Silva: associação criminosa.


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