Polícia Federal faz operação contra desvio de R$ 14 milhões no SUS

A investigação identificou quase R$30 milhões em bens ocultados

[Polícia Federal faz operação contra desvio de R$ 14 milhões no SUS]

FOTO: MarcelloCasalJr / AgênciaBrasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação “Moto-perpétuo” a fim de  recuperar dinheiro que teria sido desviado do Sistema Único de Saúde (SUS), além de desarticular uma possível organização criminosa envolvida na ocultação desses bens, na manhã desta terça-feira (23). Segundo a PF, o desvio foi de aproximadamente R$14 milhões, embora a auditoria da Controladoria Geral da União tenha apontado que o desvio seria de R$ 70 milhões em todo Paraná.

13 mandados de busca e apreensão ocorrem em Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Balneário Camboriú (SC) com o apoio da Receita Federal. 

As suspeitas foram levantadas durante a Operação Fidúcia, onde foi identificado um esquema em que os investigados utilizavam Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para fraudar licitações e desviar recursos públicos do SUS.

Durante a investigação atual, novos elementos foram angariados, indicando que os investigados teriam adquirido diversos bens em nome de terceiros, visando ocultar tais ganhos ilícitos. Esses bens foram registrados em empresas fictícias ou em nome de "laranjas", com o auxílio de um advogado e um contador.

Medidas como o sequestro de dez imóveis, avaliados em mais de R$ 20 milhões, e a apreensão de veículos de luxo foram autorizadas judicialmente. Ainda foi autorizada a apreensão de valores acima de R$ 10 mil e a indisponibilidade de cotas sociais de duas empresas, cujo capital totaliza meio milhão de reais. Desse modo, a investigação identificou quase R$ 30 milhões em bens ocultados.

Dentre os bens sequestrados, um dos apartamentos tem valor superior a  R$ 10 milhões de reais e, embora seja de uso dos denunciados, está cadastrado em nome de empresa fictícia que tem como sócio pessoa que recebeu auxílio emergencial.

Os crimes sob investigação incluem lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa, com penas que podem chegar até 18 anos de prisão.
 


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