Quando é preciso ter um oxímetro em casa?

A utilização domiciliar do oxímetro precisa ser orientada pelo médico que acompanha o caso

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FOTO: Reprodução

Em janeiro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu a recomendação de que pacientes com COVID-19 que estejam sendo tratados em casa usem o oxímetro de pulso para monitorar o nível de oxigênio no sangue. Desde então, as buscas na internet sobre o aparelho aumentaram muito.  

É importante ressaltar que a utilização domiciliar do oxímetro precisa ser orientada pelo médico que acompanha o caso, para garantir o uso e a leitura de resultados corretos.

A oximetria de pulso é uma forma de medir a saturação de oxigênio no sangue, ou seja, o quanto de oxigênio o seu sangue está transportando, comparada com o máximo da sua capacidade de transporte pelas células vermelhas sanguíneas, para o todo o corpo.

O oxigênio é o gás que permite o funcionamento das células. Quando o nível está baixo, pode causar danos a diferentes células do corpo e sobrecarregar órgãos, como coração e cérebro.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a maioria das pessoas precisa de um nível de saturação, de no mínimo 89%, para manter suas células saudáveis, mas isso pode variar de acordo com a condição específica de saúde de cada pessoa. Atualmente, a recomendação de saturação mínima tolerada é de 94% como referência para o monitoramento da oximetria.

O oxímetro é um aparelho com um mecanismo que lembra um pregador de roupa para ser fixado no dedo (ou no lóbulo da orelha), de forma totalmente indolor.

A partir da emissão de feixes de luz, ele consegue mensurar o nível de oxigenação no sangue e os batimentos cardíacos.

Existem dois tipos

O oxímetro de pulso portátil, também chamado de oxímetro de dedo, é o mais comum em uso doméstico. É um aparelho portátil, pequeno, movido a pilha, que mede a pulsação e o percentual de oxigênio no sangue de forma rápida. Ele mostra o resultado no visor na hora da medição, mas não grava os valores medidos.

O oxímetro estacionário, também chamado apenas de oxímetro de pulso, é a versão mais completa (e mais cara) do aparelho. Com bateria de longa duração, o pregador do dedo fica conectado a um aparelho maior que registra o histórico das medições, o que permite a avaliação do monitoramento contínuo.

Converse com seu médico sobre o modelo que acha mais indicado para seu caso.

Além desses aparelhos, a oximetria do sangue, pode ser feita por meio de um exame de sangue chamado gasometria arterial. A partir de uma amostra de sangue arterial coletada, é possível analisar de forma mais precisa a quantidade de gases – como o oxigênio e o dióxido de carbono – presentes no sangue. Mas, a gasometria arterial é um exame mais delicado, realizado habitualmente em pacientes que estão internados.

Preciso ter um oxímetro em casa?

A maioria das pessoas não precisa ter um oxímetro em casa. Em nota, a SBPT não orienta o uso irrestrito do oxímetro para monitorar a saturação em pessoas saudáveis e sugere que a decisão sobre usar o aparelho fique a cargo do médico. Entretanto, para pacientes portadores de COVID-19, sabe-se que a hipóxia silenciosa, ou seja, a diminuição da saturação de oxigênio sanguíneo antes do paciente se queixar de falta de ar, é frequente. Dessa forma, tem sido recomendado o monitoramento da oximetria, principalmente, para pacientes pertencentes a populações mais vulneráveis e com maior risco de complicação pela doença.

Porém, também existe o receio de profissionais de saúde que leituras equivocadas levem ao pânico desnecessário ou, pior, que a pessoa deixe de buscar atendimento, iludida por um falso bom resultado. Por isso, a aferição doméstica não é recomendada para autodiagnóstico, mas sim para acompanhamento de tratamento.

Também é muito importante saber que alguns fatores podem prejudicar a acurácia da oximetria, como por exemplo: uso de esmalte, unhas postiças, tiver as mãos frias ou circulação deficiente.

Assim, a melhor orientação para o uso adequado do oxímetro deverá partir do médico que atende o paciente e que também recomendará a leitura que indicará a necessidade de atendimento médico.

Outros sinais podem aparecer antes da insuficiência respiratória e também são indicativos de alerta para buscar atendimento médico, tais como: febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, dor de garganta, fraqueza e tosse.
 


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