Representantes de Estados e municípios são contra novo plano do Ministério da Saúde sobre quarentena

Os conselhos de saúde representantes dos Estados e municípios rejeitaram a nova diretriz proposta pelo Ministério da Saúde a respeito do distanciamento social, principal promessa de Nelson Teich ao assumir a pasta. A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

De acordo com os gestores do SUS, o argumento mais forte para não dar apoio às regras é que seria inoportuno lançá-las em meio ao aumento de casos e mortes pela doença. "Enquanto estivermos empilhando corpos, não tenho como discutir isso", afirmou o presidente do Conass, Alberto Beltrame.

A nova regra vinha sendo discutida em reuniões entre Ministério da Saúde, Conass e Conasems. Representantes da Casa Civil e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também participavam das tratativas.

A proposta de Teich levanta uma série de dados, como capacidade de atendimento, ocupação de leitos, e número de casos e óbitos. Cada item teria uma pontuação. Somados, mostrariam em que situação está cada local e qual intervenção é sugerida, como isolamento controlado ou até lockdown.

Além de considerarem inoportuna a discussão, secretários disseram que seria inviável levantar dados como de número de servidores da saúde com sintomas de gripe, kits de equipamento de proteção individual (EPI) para cada um destes trabalhadores, entre outros. Os dados variam diariamente.