Identificar profissionais com perfil aproximado ao da vaga aberta e trabalhar no desenvolvimento das competências que faltam, é a solução sugerida pelo gerente de recrutamento da Robert Half, Leonardo Berto, que tem percebido a dificuldade para encontrar mão-de-obra qualificada no país. As informações são do grupo G1.

Além disso, os capacitados com idade igual ou superior a 50 anos, não são bem aceitos para atuar no mercado, por causa dos altos custos atribuídos aos salários, por possuírem vasta experiência profissional, aponta o levantamento da empresa Robert Half.

A pesquisa identificou que 60% dos recrutadores têm enfrentado algum nível de dificuldade para encontrar profissionais qualificados. Destes, 46% avaliam a tarefa como difícil e 13% a classificam como muito difícil. 

E para os próximos seis meses, 69% dos entrevistados acham que a situação estará igual, e, portanto, não contrataram profissionais com mais de 50 anos em 2019.

Ainda conforme a reportagem, das três habilidades mais observadas ao recrutar para funções plena e sênior, 50% foi atribuída ao trabalho em equipe e relacionamento interpessoal, 48% foram atribuídas à experiência, 40% para habilidades e 32% ao olhar estratégico.

Em relação à contratação de profissional sênior com idade igual ou superior a 50 anos, 69 % dos contratantes não recrutam e apenas 31% admitem profissionais com estas características. 

Outros fatores que comprometem a admissão destes profissionais são: o aprofundamento em determinada área, fluência em outro idioma, certificações e desenvolvimento técnico e pessoal dentro da carreira foram questionados.

Apesar de a pesquisa mostrar o alto índice de recrutadores que não contrataram profissionais com mais de 50 anos, em 2019 o aproveitamento de profissionais sênior têm sido uma das alternativas encontradas pelas empresas para suprir a lacuna de mão de obra especializada.