O número de casos onde as pessoas marcam encontro diretamente por aplicativos de namoro e vão parar na delegacia após a saída aumentou mais de 250% em cinco anos, só no estado de São Paulo.

Segundo dados da secretaria de segurança pública paulista, a maioria dos crimes estão ligados à violência psicológica, como difamação e ameaças, mas há casos de estupro, furto e lesão corporal. Os dados foram divulgados pela agência ‘Gênero e Número’ e compilados pela ‘Fiquem Sabendo’, a partir de boletins de ocorrência registrados em São Paulo de 2014 a 2018.

De acordo com o estudo, o Tinder, o mais popular entre os aplicativos de encontro amoroso, também tem o maior número de boletins de ocorrência. Já são 153 casos, de um total de 338 B.Os registrados neste período. Desse total, há registros de aplicativos e redes como o Badoo, POF, Happn e Grindr.

Grande parte das vítimas são mulheres, com exceção do Grindr, popular entre homens gays. Existem, nesses aplicativos, registros de crimes como furto, difamação, perturbação do trabalho ou sossego alheio (ou stalking), roubo e um registro de "perigo de contágio venéreo", ou falta de informação sobre uma DST (doença sexualmente transmissível) antes do ato sexual, o que é considerado crime com penas que podem chegar a quatros anos de detenção.

Nota dos aplicativos de encontro

Segundo nota do Tinder, o usuário denunciado a plataforma é banido. Além disso, acrescenta que o aplicativo faz campanhas de conscientização e mantém ferramenta para fazer a varredura e bloqueio de perfis suspeitos, que são avaliados por uma equipe.

Já o Happn informou que possui também uma política de segurança para o bloqueio de perfis suspeitos e um 'modo invisível', para que a pessoa não apareça disponível em alguns locais. É que, neste caso, o aplicativo faz uma varredura de possíveis "candidatos" que cruzaram o caminho, no dia a dia, com você.