'Se uma pessoa em estado grave é idosa, a gente deixa morrer', diz enfermeiro de hospital em Roma

Ele reforça a importância de ficar em casa

['Se uma pessoa em estado grave é idosa, a gente deixa morrer', diz enfermeiro de hospital em Roma ]

FOTO: Arquivo Pessoal

A Policlínica Gemelli, maior hospital de Roma, está empenhada exclusivamente para atender os paciente infectados com o novo coronavírus. A Itália, atualmente, é o epicentro da doença. O enfermeiro italiano Dante Baldi, de 54 anos, que trabalha na unidade de saúde há mais de 30 anos, mantém uma escala que ele classifica como “massacrante” e está a todo momento convivendo com decisões dramáticas.

“Se uma pessoa em estado grave é muito idosa, a gente deixa morrer. É preciso escolher, e não posso pegar vaga na UTI para alguém de 90 anos, com perspectiva de um ou dois anos de vida, e ignorar alguém de 60 anos, que tem perspectiva de 25. Todos os dias tenho visto isso”, afirmou Baldi em entrevista à revista ÉPOCA.

O enfermeiro pontua a importância de permanecer em casa diante do risco de contaminação. “A coisa mais importante que os brasileiros precisam saber é que é preciso ficar em casa e não entrar em contato com os outros. Caso encontrem alguém, fiquem a 1 metro ou 2 de distância. Estamos testando muitas pessoas, então já vimos que estamos com a taxa de mortalidade em torno de 5%. Primeiro era só com os idosos, mas o vírus está entrando em mutação e infectando crianças e jovens. Aqui já temos crianças infectadas, e o Estado não está mentindo. Estamos todos cientes do que está acontecendo. Ninguém está a salvo”, pontuou.


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