Setor de latas de alumínio confirma ano de ajustes e se prepara para um novo ciclo de crescimento

Números divulgados pela Abralatas mostram que o setor focou investimentos em diversas frentes e iniciou 2023 em plena capacidade

[Setor de latas de alumínio confirma ano de ajustes e se prepara para um novo ciclo de crescimento]

FOTO: Arquivo/Agência Brasil

Um estudo da Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) aponta que o setor fechou o ano de 2022 com um desempenho 4,7% menor do que no ano anterior. A queda foi registrada apenas no primeiro trimestre do ano, enquanto nos demais, o setor apresentou crescimento, porém, não o suficiente para compensar o início de 2022. 

Alguns fatos justificam os números, como a questão climática em um ano em que as temperaturas foram menores que nos anos anteriores; a reabertura de bares e restaurantes, com consumo maior de bebida em vidro; e os eventos mundiais, como a Copa do Mundo e a eliminação do Brasil, além de uma repressão no consumo, causada principalmente pela inflação.

Apesar disso, ao longo de 2022, o setor continuou com as expansões de novas linhas de produção, mas observou uma readequação do parque fabril, bem como um trabalho intenso de redução de custos em toda a cadeia produtiva, especialmente ocasionado pelo aumento do preço da principal matéria-prima da lata: o alumínio, durante a pandemia. Com isso, os investimentos realizados nos últimos anos e ainda em curso -- cerca de US$ 1 bilhão -- serão concluídos até 2024, com a inauguração de novas unidades fabris e linhas de produção de latas de alumínio para bebidas. O setor está apto e tem plena capacidade para atender uma provável demanda crescente nos próximos anos. 

Segundo Cátilo Cândido, presidente da Abralatas, a pandemia ocasionou uma verdadeira gangorra no mercado. "Iniciamos o ano de 2022 cientes de que seria um período de ajustes e muitos desafios. Acreditamos no potencial do nosso produto, em um novo ciclo no mercado e estamos preparados para este futuro”, destacou. 

O especialista ressalta que a cerveja continua com um protagonismo muito alto e considera um produto essencial para o setor, porém, vê de forma positiva o crescimento do consumo de diversos outros tipos de bebidas em lata, como energéticos, refrigerantes, drinks, vinhos, uísque, café e água, acompanhando as novidades e trazendo o que há de mais moderno para o Brasil, sempre com foco na qualidade e na sustentabilidade.


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