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“Sou alguém em que vocês podem confiar”, diz Moro em discurso de filiação ao Podemos

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“Sou alguém em que vocês podem confiar”, diz Moro em discurso de filiação ao Podemos

Ex-ministro se filiou ao partido nessa quarta (10)

Por Da Redação
“Sou alguém em que vocês podem confiar”, diz Moro em discurso de filiação ao Podemos
Foto: Divulgação

Filiado ao Podemos nessa quarta-feira (10), o ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro falou em seu discurso sobre a Lava Jato e negou ter intenções políticas quando entrou no governo do presidente Jair Bolsonaro.  

“Vocês conhecem a minha história e sabem que tomei decisões difíceis e que nunca recuei do desafio, nem repudiei meus princípios para alimentar ambições pessoais. Por isso, peço atenção às minhas palavras, muito além da minha voz. O Brasil  não precisa de líderes que tenham voz bonita. O Brasil precisa de líderes que ouçam e atendam a voz do povo brasileiro. (...) Eu nunca fui um político. Fui juiz por 22 anos e me dediquei a fazer justiça aplicando a lei. Meu propósito sempre foi ser justo com todos.  Fui juiz dos casos da operação Lava Jato em Curitiba. Foi um momento histórico: quebramos a impunidade da grande corrupção de uma forma e com números sem precedentes. Julgamos e condenamos pessoas poderosas do mundo dos negócios e da política que, pela primeira vez, pagaram por seus crimes. Mais de R$ 4 bilhões foram recuperados dos criminosos e tem uns R$ 10 bilhões previstos ainda para serem devolvidos. Isso nunca aconteceu antes no Brasil”, afirmou.

Moro disse ainda que aceitou o convite de Bolsonaro por ter esperança de “dias melhores”.

“Em 2018, recebi um convite do presidente eleito para ser ministro da Justiça. Como todo bom brasileiro, eu tinha, em 2018, esperança por dias melhores. Eu, como juiz da Lava Jato me sentia no dever de ajudar. Havia pelo menos uma chance de dar certo e eu não podia me omitir: aceitei o convite e ingressei no governo.  Infelizmente, não pude prosseguir no governo. Quando aceitei o cargo, não o fiz por poder ou prestígio. Eu acreditava em uma missão. Queria combater a corrupção, mas, para isso, eu precisava do apoio do governo e esse apoio me foi negado. Quando vi meu trabalho boicotado e quando foi quebrada a promessa de que o governo combateria a corrupção, sem proteger quem quer que seja, continuar como ministro seria apenas uma farsa”, revelou.  

“Após um ano morando fora, eu resolvi voltar. Não podia ficar quieto, sem falar o que penso, sem  pelo menos tentar mais uma vez, com você, ajudar o país. Então resolvi fazer do jeito que me restava: entrando para a política, corrigindo isso de dentro para fora. A gota d’água para mim foi encontrar um estudante brasileiro no exterior que me perguntou “Moro, é verdade que você abandonou o Brasil?”. Aquilo foi como um tiro no meu coração. Eu não poderia e nunca vou abandonar o Brasil. Se necessário, eu lutaria sozinho pelo Brasil e pela Justiça. Seria Davi contra Golias. Mas, ao ver esse auditório, tenho certeza que não estou sozinho”, completou.
 

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