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STF limita decreto de Bolsonaro que ampliava poderes da Abin

Cármen Lúcia definiu que solicitações devem ser submetidas ao "controle de legalidade" pelo Judiciário

Por Da Redação
STF limita decreto de Bolsonaro que ampliava poderes da Abin
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, por unanimidade, limitar a capacidade da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de solicitar informações indiscriminadamente a outros órgãos do governo. A votação, realizada na sexta-feira (8), impôs restrições ao decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, em 2020, com o objetivo de ampliar as possibilidades de requisição de informações pelo órgão ligado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, definiu que a Abin só pode solicitar dados e informações pertencentes aos órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência quando houver interesse público comprovado no pedido. O entendimento foi seguido por todos os outros ministros da Corte. Eles também definiram que as solicitações devem ser submetidas ao "controle de legalidade" pelo Poder Judiciário.

"Faz-se necessária a explicitação do papel a ser exercido pelas atividades de inteligência na ordem democrática, à luz dos preceitos constitucionais, enfatizando-se o interesse público de sua atuação e repreendendo-se qualquer possibilidade de cooptação partidária dos respectivos órgãos para finalidades pessoais ou perseguição de oponentes políticos", defendeu a ministra Cármen Lúcia em seu voto.

"A Constituição da República repudia poder sem controle, exige a motivação dos atos administrativos e que todos eles se guiem pelos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência", completou Cármen Lúcia.

A tomada de decisão foi feita após a análise de uma ação movida pelo PSB em que o partido questiona a constitucionalidade do decreto de Bolsonaro que deu mais poderes à Abin. O consenso entre os ministros sobre a limitação da capacidade de requisição de informações pela agência ocorreu durante a sessão em plenário virtual da corte - plataforma em que os ministros depositam seus votos no decorrer de uma semana, sem discussões aprofundadas e longe dos holofotes.

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