STJ torna Wilson Lima réu por desvios na compra de respiradores

Tribunal votou por unanimidade na decisão contra o governador do Amazonas

[STJ torna Wilson Lima réu por desvios na compra de respiradores]

FOTO: Reprodução

Por unanimidade, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta segunda-feira (20), tornar o governador do Amazonas, Wilson Lima, réu pelo crime de peculato na compra de respiradores na pandemia do Covid-19. 

Wilson Lima deve responder pela prática dos crimes de dispensa de licitação sem observância das formalidades legais, fraude em licitação, aumento abusivo de preço e sobrepreço, peculato e liderança de organização criminosa. Além dele, o vice-governador Carlos Almeida (PTB) e outras 16 pessoas também foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República em abril deste ano. 

O relator, ministro Francisco Falcão, votou para que denúncia fosse aceita e procedimento criminal contra o governador fosse aberto. Os demais ministros, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, João Otávio de Noronha, Maria Thereza de Assis Moura, Herman Benjamin, Jorge Mussi, Luís Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Paulo de Tarso Sanseverino e Isabel Gallottie, também votaram a favor. 

Na votação, que aconteceu na Corte Especial do STJ, o ministro Og Fernandes não esteve presente e o ministro Mauro Campbell se declarou suspeito. 

Após a decisão, o governador se pronunciou chamando a acusação de "frágil" e afirmou que terá “oportunidade de apresentar a defesa e aguardar a absolvição pela Justiça”.

“Sobre a decisão de hoje, afirmo: as acusações contra mim não têm fundamento e tampouco base concreta, como ficará provado no decorrer do julgamento. Nunca recebi qualquer benefício em função de medidas que tomei como governador. A acusação é frágil e não apresenta nenhuma prova ou indício de que pratiquei qualquer ato irregular”, afirmou.

“Agora terei a oportunidade de apresentar minha defesa e aguardar, com muita tranquilidade, a minha absolvição pela Justiça. Tenho confiança na Justiça e a certeza de que minha inocência ficará provada ao final do processo”, completou. 


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