Foi batido o martelo. Em julgamento realizado nesta terça-feira (18), o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou - por 9 votos a 0 - o pedido do Botafogo para anulação da partida contra o Palmeiras, disputada no dia 25 de maio, no Mané Garrincha, pela sexta rodada do Brasileirão.

Diante da decisão, o clube alviverde "recupera" os três pontos, que haviam sido retirados provisoriamente, após o pedido do STJD para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não homologar a partida. Antes com 22 pontos, o Palmeiras agora chega aos 25, ampliando em cinco pontos a vantagem na liderança do Brasileiro. O Santos é o segundo, com 20.

O Botafogo não pode mais recorrer da decisão em tribunais nacionais, já que o pleno do STJD é a instância máxima do país em questões desportivas. O alvinegro pode ainda buscar medidas na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça.

Entenda o caso

Palmeiras e Botafogo jogavam no dia 25 de maio em Brasília, pela sexta rodada do Brasileirão. O jogo estava empatado, quando aos 10 minutos do segundo tempo, o atacante Deyverson caiu na área reclamando de pênalti. Imaginando se tratar de uma simulação, o árbitro Paulo Roberto Alves Junior mandou a partida seguir. Mas, após rever o lance pelo VAR, o juiz assinalou o pênalti, que foi convertido pelo zagueiro Gustavo Gómez, e ainda deu cartão amarelo para o zagueiro Gabriel, acusado de cometer a falta.

Revoltado com a situação, o Alvinegro carioca entrou com um pedido de impugnação do jogo, por entender que a partida já havia sido reiniciada com a cobrança de tiro livre indireto. O clube se apoiou na regra 5 da Fifa e o protocolo 8,12 do VAR, que afirmam que uma decisão da arbitragem para pênalti não pode ser revisada após o reinício do jogo.