Tabagismo e o novo coronavírus

Vulnerabilidade de fumantes é o alerta no Dia Mundial Sem Tabaco

[Tabagismo e o novo coronavírus]

FOTO: Divulgação/Pixabay

Fumantes têm 45% mais chances de sofrer complicações de saúde ao entrar em contato com a covid-19, aponta estudo do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde. A vulnerabilidade deste grupo é um relevante alerta que enaltece o Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado todo dia 31 de maio.

O cigarro, como garante a ciência, não produz um efeito protetor contra a covid-19, pelo contrário, aumenta a produção de uma célula que facilita a penetração do coronavírus nos pulmões, favorecendo a infecção e aumentando os riscos de complicações com a doença.

O impacto negativo que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde pulmonar, do câncer de pulmão às doenças respiratórias crônicas como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (que inclui bronquite e efisema). O tabaco fumado, em qualquer uma de suas formas, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é responsável por até 90% de todos os cânceres de pulmão.

A data foi tema de uma live organizada pelo conselho, na semana passada, e a relação tabagismo e covid-19, acertadamente, pautou o debate dos profissionais da saúde. Vale destacar a fala do pneumologista Frederico Fernandes que desmorona irresponsáveis fakes news: de que a nicotina teria efeito protetor contra a covid-19, e que fumantes correriam menos riscos diante da pandemia. 

“Tabagismo está associado à progressão negativa e a efeitos adversos da covid-19. Quando se interpreta a literatura de forma adequada, o resultado é inverso ao que estava sendo propagado”, destacou o pneumologista. 

Outros pontos do estudo do conselho valem a menção: a mortalidade é 38% maior entre os fumantes, quando internados, e se o cigarro já levou o indivíduo a desenvolver uma doença pulmonar crônica, o risco de complicação é 88% maior.

O cigarro possui, ainda, substâncias que aumentam a coagulação, segundo Fernandes. “Sabemos que uma das principais complicações da infecção por coronavírus são embolias e tromboses. É uma doença que aumenta muito a coagulação. No indivíduo que fuma, isso é multiplicado, aumentando a morbidade e o risco de a pessoa ter um desfecho desfavorável”.

Ainda sobre tabagismohttps://www.faroldabahia.com.br/noticia/indice-de-tabagismo-no-brasil-reduz-em-376-nos-ultimos-14-anos


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