Tinoco critica governo por 'falta de transparência' do Centro de Convenções da Bahia e sugere doação de parte do equipamento à Salvador

O vereador de Salvador, Claudio Tinoco (UB), participa nesta terça-feira (10) da audiência pública da Câmara Municipal para debater o atual estado do Centro de Convenções da Bahia, que completou sete anos desde o desabamento parcial do equipamento. Segundo o político, em entrevista ao Farol da Bahia, uma das aflições sobre o tema é a "falta de transparência" do governo da Bahia.

"A maior aflição que a gente tem é a falta de transparência. Ou seja, a gente não sabe o que se passa efetivamente quando algum representante do Estado é indagado por representantes da imprensa e ele diz que o imóvel está registrado pela Justiça e essas informações não ajudam em nada. A não ser que a gente tenha realmente um plano e aí a gente indaga ao governador: qual é o plano de desmonte?", disse ao fazer a cobrança a Jerônimo Rodrigues (PT).

Tinoco, que foi responsável por propor a audiência,  critica a falta de um plano estruturado pelo governo da Bahia sobre o futuro do Centro de Convenções.

"O Estado precisa mostrar um plano de desmonte e até mesmo de limpeza da área porque está notória a inviabilidade da recuperação do equipamento e o governo dizer o que ele quer. Se quer se desfazer do imóvel e ter um terreno limpo para colocar no mercado e com isso ter receita pela venda, ele tem que dizer isso de forma transparente", pontuou.

"Se o Estado pode aceitar sugestões, é só dialogar com o Município e com a sociedade", destacou o  ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador ao sugerir que o governo da Bahia doe parte do espaço para que a gestão da capital baiana construa um ginásio de esportes ou centro olímpico que, segundo ele, é o que falta na cidade.

Na oportunidade, o vereador também apontou outra sugestão para o governador Jerônimo Rodrigues, como a construção de um novo teatro. "No Centro de Convenções existia um grande teatro onde se realizava formaturas, uma série de encontros e até internacionais. A área pode ser destinada a um novo teatro, por exemplo. Ele tem área para eventos também", pontuou. 

"Depois de sete anos nós não temos uma posição de diversas instituições, por isso essa audiência pública foi convocada, para que a gente oferecesse um espaço para que todas as instituições apresentadas pudessem trazer suas posições para a gente construir uma solução. O que não podemos é continuar assistindo a esse cenário de ruínas sem uma providência", concluiu.