Tragédia em Capitólio alerta para falta de fiscalização em áreas turísticas do Brasil

Acidente deixou 10 mortos no último sábado (8)

[Tragédia em Capitólio alerta para falta de fiscalização em áreas turísticas do Brasil]

FOTO: Reprodução

O desabamento de pedras em um cânion no lago de Furnas, em Capitólio (MG), deixou 10 mortos no último sábado (8), após atingir 4 embarcações que estavam na área, e desde então acendeu o alerta para acidentes similares em áreas turísticas do Brasil. De acordo com especialistas, a segurança desses locais é negligenciada e não há leis que obriguem órgãos públicos que coordenam o turismo a realizar estudos de risco que possam prever, com vistorias e monitoramento.  

"Existe no Brasil apenas uma lei de risco geológico em área urbana, então os municípios são obrigados a fazer inventários ou avaliações técnicas, geológicas de risco em área urbana. Em área turística não existe essa lei", conta Joana Paula Sánchez, professora de mapeamento geológico da Universidade Federal de Goiás (UFG) e especialista em mapeamento de áreas turísticas.

O Serviço Geológico do Brasil - CPRM é o único órgão no país que realiza avaliações turísticas. O serviço, no entanto, afirma que nunca foi chamado para fazer estudos em Capitólio. Em entrevista ao portal UOL, Tiago Antonelli, chefe da Divisão de Geologia Aplicada do CPRM, disse que o órgão tem como missão dar subsídio e resposta de riscos a estados e municípios que solicitem apoio.

"Agimos sob demanda. Quando somos solicitados pelos estados, a lei obriga o município a fazer o estudo. Se o município não conseguir, o governo federal entra. Nós agiremos se formos demandados, mas ainda não fomos", disse.

Sem o devido monitoramento, acidentes naturais já ocorreram no país antes da tragédia em Capitólio. Na Chapada dos Guimarães (MT), em 2008, por exemplo, uma turista morreu vítima da queda de um bloco na tradicional cachoeira Véu da Noiva. Outras quatro pessoas ficaram feridas. Em 2020, um outro caso de grande comoção: uma família morreu após um desabamento de falésia na praia de Pipa, em Tibau do Sul (RN).  
 


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