Apesar das polêmicas em torno do troca-troca na Secretaria Estadual de Cultura (Secult), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que as mudanças “são naturais”. Durante conversa com a imprensa na manhã desta quinta-feira (18), o petista explicou que a exoneração da diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Pitti Canela, e da vice-presidente estadual do PT e diretora-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Luciana Mandelli, ocorreu após um acordo.

O entendimento teria sido firmado entre o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, e o presidente estadual do PT, Éden Valadares, visando à realocação de "pessoas competentes" para outros setores.

“Foi uma mudança que entendo como natural. O secretário Bruno fez uma avaliação e, no caso do Ipac, conversou com o partido [...] Foi uma combinação feita pelo Partido dos Trabalhadores para que essas  pessoas competentes [Luciana e Piti] sejam usadas em outros locais”, afirmou o petista. 

“Tivemos mudanças de secretários que saíram para serem candidatos. Os que poderiam retardar a saída, eu chamei e disse: ‘se você ficar, não vai fazer bem sua pré-campanha e também não vai fazer bem a função de servidor de cargo de confiança. [...] Teve um acordo, um pacto, fizemos a substituição dessas pessoas”, completou o governador.

Ao comentar sobre as críticas relacionadas à atuação de Bruno à frente da pasta, Jerônimo afirmou que não está ciente dos descontentamentos e elogiou a atuação do secretário: "Eu tenho muita confiança no Bruno. Quando o nomeei, ouvi muitos comentários, mas depois reconheceram a capacidade que ele tem".

Realocação

Para o lugar de Piti foi nomeada Sara Gabriela Prado Mercês Lázaro, que até então ocupava o cargo de superintendente na Superintendência de Promoção Cultural da Secretaria Estadual de Cultura (Secult). Já para o antigo posto de Sara Gabriela, Jerônimo puxou Lorena Lais Rosa Ferreira, diretora de Fomento à Cultura, para cumulativamente responder pelo expediente da Promoção Cultural.

Apesar da saída do IPAC, conforme o governador, Mandelli deve ser realocada na estrutura estadual e pode passar a ocupar uma diretoria na Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), atualmente comandada por Elizângela Araújo.

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