Editorial
Confira o editorial deste domingo (27)
FOTO: Divulgação
A humanidade vive na era do consumo, da compra, dos bens descartáveis. O ato de querer sempre mais quase perdeu o controle, não raramente como uma forma de “corrigir” outras situações da vida cotidiana.
A ansiedade é um mecanismo de defesa natural, a pulsão necessária para resolvermos pendências. Hoje em dia não só estamos ansiosos devido ao medo e receio do futuro por causa da covid-19 e da questão econômica, estamos mais ansiosos por diversos motivos incluindo o receio, também não estamos usando a ansiedade como utilizávamos já que não temos a mesma rotina, causando – assim – uma pendência, uma falta, já que estávamos programados para o cotidiano repetido.
Há também o excesso de informações ao dedilhar a rede social e a internet num todo. Sem dúvida, o estresse e a ansiedade são os gatilhos deste gênero de comportamentos. O estresse não é um sentimento nem uma emoção e sim uma reação para uma ação que a ansiedade não resolve. Falta de rotina nos faz ficar mais ansiosos.
Pessoas, então, enganam o próprio organismo comprando. Isso ocorre porque a compra libera dopamina, neurotransmissor da recompensa e, assim, disfarça a pendência de conquistas de metas que a liberam. O comportamento pede atenção, controle, especialmente porque pode encobrir quadros mais graves e de difícil resolução.
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