Vídeo: Mário Kertész aponta tráfico de influência em negócio da prefeitura de Salvador
De acordo com radialista, sócios do empreendimento são amigos de Bruno Reis
O político e radialista Mário Kertész comentou na manhã desta sexta-feira (15), durante o programa que apresenta na Rádio Metrópole, a postura do prefeito Bruno Reis (União Brasil) frente à decisão da 6ª Vara Federal de Salvador que suspendeu o leilão de uma área verde no Corredor da Vitória, uma região privilegiada da cidade.
Ao dizer que assistiu um vídeo onde Bruno parecia irritado com a situação, o radialista fez duras críticas ao gestor municipal afirmando que o mesmo está cometendo crime de tráfico de influência, visto que um dos sócios do empreendimento que seria construído no terreno posto em leilão é ACM Neto, antecessor dele no Palácio Thomé de Souza. Além de Neto, outros beneficiados seriam o empresário João Gualberto, o pecuarista Thiago Coelho e a antiga Odebrecht.
"O prefeito Bruno Reis está profundamente irritado com a decisão, querendo dizer que tudo foi feito para proteger a piscina de uma milionária que mora na Mansão Costa Pinto. Prefeito, não faça isso. Você está com uma reeleição fácil, mas pode perder. O que há de pior nessa história é o tráfico de influência. Um dos sócios do empreendimento é ACM Neto, ex-prefeito de Salvador. Acha isso pouco? Thiago Coelho, João Gualberto e ACM Neto”, disse Kertész.
“[...] Essa coisa me parece completamente inadequada. E o prefeito faz uma cavalo de batalha porque é cabeça dura, acha que está certo e que precisa desse dinheiro para fazer escadarias nos bairros populares. Você não precisa, prefeito. Isso é conversa mole”, acrescentou.
Em entrevista ao Farol da Bahia, o vereador Cláudio Tinoco (União Brasil) endossou a posição do prefeito Bruno Reis, defendendo a continuidade do leilão. Quando questionado se o potencial construtivo da área já havia sido utilizado na Mansão Costa Pinto, ele afirmou que não tinha essa informação.
Decisão da Justiça
O leilão da área verde localizada no bairro da Vitória, organizado pela prefeitura de Salvador, foi suspenso pela 6ª Vara Federal de Salvador em resposta a uma medida de urgência solicitada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU/BA).
Inicialmente agendado para a próxima sexta-feira (15), o leilão tinha um lance mínimo estabelecido em R$ 10,9 milhões. O terreno em questão é classificado como uma Área de Proteção Ambiental (APA) e foi desafetado pela prefeitura em dezembro do ano passado para ser colocada à venda.
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Assista o vídeo:
