Vídeo: Solange Carybé conta a origem do nome artístico do pai no podcast Podomblé

No episódio especial de Natal do Podcast Podomblé, conduzido por Adriano Azevedo, líder do Ilê Axé Yê Omi Odé, a filha do renomado artista Carybé, Solange Carybé compartilha histórias e curiosidades sobre a vida do argentino que teve forte conexão com Salvador. Em um dos pontos da conversa, Solange Carybé, explica como surgiu o nome artístico usado por anos pelo Hector Julio Páride Bernabó. 

“Meu pai foi escoteiro do Flamengo no Rio, do Clube Flamengo. E lá, essas coisas de escoteiro eu não entendo bem, mas tinha umas turmas que tinha nome de peixe, tinha outras turmas com o nome disso e daquilo. No caso de meu pai, era com o nome de peixe, né? E o nome dele é Caribé, que é de uma piranha feroz. Uma piranha feroz vermelha do Amazonas, não sei o quê. Então, ele escolheu ou escolheram para ele Caribé e ficou um apelido em casa. Caribé, o pessoal chamava ele de Caribé, ficou”. 

Apesar da aceitação do novo “apelido” o artista demorou a assinar com o nome artístico. 

“Mas, quando ele já morando na Argentina, porque com 20 anos ele foi para a Argentina, com a família também, toda a família foi. E já pintando profissionalmente mesmo, e morando na mesma casa que o irmão dele, que também pintava profissionalmente. E os dois de sobrenome Bernabó, então ficava meio confuso quem era o pintor Bernabó, que estava se falando. Aí meu pai começou a assinar Caribé. Os amigos e a família já chamavam ele de Caribé, mas ele não assinava Caribé, aí ele passou a assinar Caribé. Depois de muito tempo dele já ter esse nome da piranha feroz, aí um compadre dele, Rubem Braga, escritor, veio com a novidade, que não era novidade, que na verdade Caribé é um mingau que se dá mulher parida, né? Aí ficava fazendo gozação com o meu pai, mas, na verdade, é as duas coisas. É um mingau e é também a piranha. E, no caso, foi inspirado na piranha feroz", contou.

O podcast produzido pela FB Comunicação está disponível no Youtube.