Vitória joga mal, é derrotado pelo CSA no Barradão e perde chance de entrar no G-4

Rubro-Negro ainda vê cair a invencibilidade jogando no Barradão

[Vitória joga mal, é derrotado pelo CSA no Barradão e perde chance de entrar no G-4]

FOTO: Pietro Carpi/ECV

O Vitória perdeu a chance de entrar no G-4. O Rubro-Negro foi derrotado pelo CSA por 1 a 0, em confronto disputado na noite desta terça-feira (29), no Barradão, válido pela 11ª rodada da Série B. Com resultado, Leão caiu uma posição na tabela de classificação, e agora é o sétimo colocado, com 17 pontos. Além do mais, o Rubro-Negro, melhor mandante da competição, perdeu a invencibilidade jogando em casa.

A primeira etapa não trouxe tantas emoções. O Vitória foi superior apenas por tomar mais as ações de jogo, porque qualidade de jogo não foi notável, ao contrário, o CSA que aparentava qualidade. Quando o Rubro-Negro tinha a bola o time parecia até perdido sem saber o que fazer. Tentava trocar passes, mas a linha alta de marcação dos visitantes dificultava as jogadas Rubro-Negras.

A primeira oportunidade clara de gol aconteceu aos nove minutos, quando após cruzamento na área do CSA, Márcio Araújo tentou cortar e quase mandou contra o próprio gol, mas a bola passou raspando a trave do gol, indo para escanteio.

Alisson Farias teve outra boa oportunidade aos onze minutos, em cobrança de lateral para dentro da área, mas o atacante bateu fraco, facilitando a defesa do goleiro. Azar do Leão não ter anotado o gol.

Na sequência da jogada, Yago puxou contra-ataque para o CSA e fez o lançamento para Paulo Sérgio, a bola foi um pouco forte e parecia sob o controle de Ronaldo, só que o atacante pressionou a bola, ficou com a posse e quase sem ângulo, bateu na saída do goleiro, para abrir o placar no Barradão. 

O CSA não chegava com tanta frequência ao ataque, mas quando chegava levava perigo.  Aos 23 minutos, Paulo Sérgio teve oportunidade de ampliar o marcador ao finalizar da entrada da área, mas por cima do travessão.

O que contribuiu para má partida jogada pelo Vitória foi a previsibilidade do time, lentidão ao fazer as transições do meio de campo ao ataque e, principalmente, a elevada quantidade de passes errados. Defensivamente o time também proporcionava espaços, o que possibilitava o CSA avançar com certa liberdade quando subia ao ataque.

Em um dos ataques, aos 38 minutos, Rodrigo Pimpão seguiu ao ataque com a bola dominada e ao invés de tentar o lançamento para Paulo Sérgio que fechava na área, o atacante finalizou direto para o gol e quase pega Ronaldo de surpresa no contrapé, mas o goleiro foi ágil e conseguiu jogar para escanteio.

Paulo Sérgio realmente trouxe uma grande dor de cabeça para o Vitória na primeira etapa. O atacante teve nova chance de marcar aos 40 minutos, após o passe errado de Lucas Cândido, que Paulo Sérgio dominou e disparou em velocidade para ficar cara cara com Ronaldo, mas o goleiro e a pressão da zaga, que conseguiu se recuperar do erro, evitaram o pior.

O Leão esteve perto de empatar aos 43, após levantamento na área, que Ewandro desviou para o fundo das redes, mas Lucas Cândido, que estava impedido, participou do lance. Com isso, o gol não foi validado.

Na volta para o segundo tempo, o Leão esteve próximo de igualar o marcador já aos quatro minutos, quando Carleto cobrou falta na área do CSA e João Victor cabeceou para a bola que já parecia ir morrer no fundo das redes, mas Castán tirou a bola em cima da linha.

O Vitória pouco mudou a postura de jogo na etapa final. Seguia a mesma equipe lenta, previsível e que errava bastantes passes, especialmente no momento em que estava no ataque.

Diferente do Rubro-Negro, o CSA tinha mais qualidade durante a troca de passes, era uma equipe mais organizada e sabia o que fazer com a bola quando tinha a posse. Desta forma que o time azulino continuava uma equipe perigosa quando subia ao ataque.

Aos 10 minutos, Paulo Sérgio puxou contra-ataque em velocidade e cruzou rasteiro para Geovane cabecear tirando tinta da trave do goleiro Ronaldo.

O Vitória respondeu aos 13 minutos, quando Alisson Farias foi lançado na lateral esquerda, driblou fácil Diego Renan e rolou para Fernando Neto dentro da área, mas o volante chutou mal, muito acima do gol.

O decorrer do confronto foi de uma qualidade técnica muito baixa. Tranquilo com resultado embaixo do braço, o CSA se preocupou em ter a posse de bola, se defender, e quando surgisse alguma oportunidade, subir ao ataque. Já o Vitória parecia conformado com o resultado, pouco fez para tentar modificar o placar.

O Rubro-Negro desperdiçou um chance clara de igualar aos 38 minutos, após cruzamento de Carleto pelo lado esquerdo, Léo Ceará, livre de marcação dentro da área, cabeceou a bola que passou muito perto do gol de Matheus Mendes.

Análise do Vitória na partida

Era inevitável que isso aconteceria em algum momento. O Vitória já não jogava bem há algumas partidas e isso cobraria um preço em algum momento. Esta noite pegou um time mais organizado e encarou dificuldades. A lentidão e dependência do Rubro-Negro para as jogadas individuas e bola parada ficaram expostas nesta noite e permitiram facilmente que o CSA impusesse a marcação para impedir as ações do Leão.

Hoje o Vitória demonstrou o porque ainda não é uma equipe preparada para estar no G-4. Não joga futebol para isso, não tem os jogadores com a qualidade necessária para estar no grupo dos quatro primeiros. O que demonstra que nem sempre partida é apenas resultado, também é preciso saber jogar, e hoje, como tem feito na maioria das últimas partidas, o Rubro-Negro não jogou.

O que talvez seja mais duro para o torcedor do Vitória saber é que o CSA é um dos piores visitantes da Série B, apesar do recente bom momento vivido. O Azulão até então tinha disputado quatro partidas e perdido as quatro. Hoje o resultado foi diferente.


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