O preço do etanol deve subir aproximadamente R$ 0,10 centavos nas bombas de combustíveis de todo o país partir da próxima semana, tendo por base a variação de 3,16% no índice semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) entre 2 e 8 de julho.

Duas situações – incomuns – explicam a alta do etanol, que já é comercializado em diversos postos de combustíveis acima dos R$ 4. 

Primeiro porque se trata de um aumento no meio da safra da cana de açúcar, a matéria prima do etanol. Segundo os produtores, a falta de chuvas prejudica a produção e a colheita, e isso afeta o preço do produto final.
 
O segundo indicador para a alta do etanol é que o agronegócio se aproveita do câmbio favorável à exportação para destinar o açúcar mais para o mercado externo do que interno. 

Além disso, o preço do etanol vem acompanhando os preços da gasolina por uma questão de suprimento. Se descolar muito da gasolina, ficar muito mais barato, não tem etanol para atender o mercado.

O reajuste do preço dos combustíveis desde terça-feira (6) pela Petrobras, o primeiro aumento em três meses, mas o oitavo em 2021. Os preços médios de venda de gasolina e diesel da Petrobras para as distribuidoras passarão a ser de R$ 2,69 e R$ 2,81 por litro, o que significa reajustes médios de R$ 0,16 (6,3%) e R$ 0,10 por litro (3,7%), respectivamente.

A estatal também anunciou que o preço médio de venda de gás liquefeito de petróleo  (GLP) para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,60 por kg, um aumento médio de R$ 0,20 (6%) por kg. 

No acumulado do ano, o diesel da Petrobras subiu cerca de 40% enquanto a gasolina avançou 46%. Já o petróleo Brent acumula alta de cerca de 50%.

Frente a nova alta no preço dos combustíveis, uma Reforma Fiscal fica cada dia mais inevitável, isto é, intervenção para aumentar o controle dos preços, é melhor resposta a custo prazo para a situação, uma adequação da carga tributária nos combustíveis, que é muito alta.