Caso Spitzner: inspetor da polícia volta atrás e diz que Tatiane não foi vítima de feminicídio
Leandro Dobrychtop disse que não há provas suficientes para alegar o crime
O inspetor da Polícia Civil, Leandro Dobrychtop, deu depoimento nesta sexta-feira (7), e disse que Tatiane Spitzner não foi vítima de feminicídio. Ele foi o primeiro a chegar no prédio onde Tatiane teria sido jogada pelo namorado Luís Felipe Manvailer, que foi flagrado batendo nela dentro de um elevador.
Na primeira versão, Leandro disse que Tatiane tinha sido vítima de feminicídio, reforçando o argumento da defesa dela, que acredita que ela foi jogada da sacada do prédio onde morava por Felipe Manvailer. No entanto, ele voltou atrás e disse que não tinha provas suficientes para concluir as circunstâncias da morte.
Ele também disse que um casal de vizinhos disse que viu Tatiane debruçada na sacada e que, ao ligar para a polícia, ouviram o barulho de queda dela.
O julgamento do caso acontece deste a terça-feira (4), e o próximo a prestar depoimento nesta sexta (7), será o policial militar Newton Albach, que trabalhava na rádio patrulha da PM no dia da morte da vítima.
Entenda o caso
Tatiane Spitzner morreu em julho de 2018, na cidade de Gaurapuava, no Paraná, e foi encontrada após cair do quarto andar do prédio onde morava. Luis Felipe Manvailer é acusado de ter matado Tatiane por enforcamento e a ter jogado da sacada do prédio.
Imagens de câmeras de segurança do elevador mostram o momento em que Felipe agride Tatiane com socos e empurrões. Logo após, ele aparece nas imagens limpando marcas de sangue no elevador.
Manvailer responde pelos crimes de homicídio (com as qualificadoras de motivo fútil; mediante asfixia e meio cruel; e feminicídio) e fraude processual.
