Saiba quais são as 17 vacinas contra coronavírus em estudo no Brasil

Desse total, duas já solicitaram autorização da Anvisa para testes em humanos

[Saiba quais são as 17 vacinas contra coronavírus em estudo no Brasil]

FOTO: Divulgação

O Brasil hoje tem ao menos 17 projetos em andamento para criar novas vacinas contra a Covid-19, mas, apenas duas estão prontas para iniciar os testes clínicos em humanos. Os pesquisadores da ButanVac e Versamune já fizeram as solicitações à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o órgão ainda aguarda o envio de mais detalhes para dar aval à continuidade do processo. 

Conheça cada projeto

Instituto Butantan

A instituição ligada ao governo de São Paulo aparece no levantamento de projetos de vacina contra Covid em curso no Brasil com dois estudos além da ButanVac, candidata anunciada no final de março. As outras duas ainda estão na fase pré-clínica. 

Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto e Farmacore

Chamada de Versamune, é o projeto mais avançado depois da Butanvac. Em animais, se mostram imunogênica e sem efeitos tóxicos, segundo a Farmacore. 

As duas primeiras fases dos testes terão 360 participantes e farão parte do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, sob supervisão do imunologista da USP Célio Lopes Silva.

Universidade de São Paulo (USP)

A USP tem ao menos seis trabalhos em busca de novas vacinas contra a Covid, além do estudo da Versamune, que é uma parceria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP com uma startup Farmacore.

Fora a Versamune, o projeto mais avançado da instituição é o encabeçado pelo imunologista Jorge Kalil, do Incor, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina.

O objetivo é fazer uma vacina em forma de spray nasal usando uma tecnologia ainda não empregada nos imunizantes contra Covid disponível atualmente.

Também está em curso uma pesquisa na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, que tem parceria com o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) e com o Instituto Butantan. A ideia é encontrar uma vacina contra Covid para humanos e gatos, usando para sua produção ou vírus da Doença de Newcastle, assim como no projeto do ButanVac.

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Em parceria com a Fiocruz Minas, a UFMG tem dois projetos promissores, que receberam cerca de R$ 5 milhões do MCTI. O primeiro, Spintec, receberá R$ 30 milhões da prefeitura de Belo Horizonte, via termo de cooperação, para realizar as primeiras duas fases de testes em humanos. 

O segundo projeto é da vacina chamada Flucov, que utiliza vetores virais (como do adenovírus) e, se bem sucedido, teria a vantagem de ser eficiente tanto contra Covid-19 quanto contra uma gripe comum, e poderia utilizar uma mesma estrutura de produção da vacina da Influenza. 

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

A vacina candidata contra uma Covid-19 pesquisada na UFPR pode começar a ser testada em humanos dentro de cerca de seis meses. O projeto, que ainda está em estudo com animais, pretende resultar em um imunizante de baixo custo e produção 100% nacional, com um potencial de aplicação tanto por injeção quanto por spray nasal.

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

O projeto utiliza tecnologia de proteínas recombinantes. A vacina em estudo induziu a formação de altos níveis de nos animais testados, deve ser eficaz contra variantes locais e ter costumeiro semelhante a Coronavac. O projeto está na fase final dos testes em animais e deve realizar testes em humanos no final de 2021. 

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

A Fundação tem dois projetos de vacina brasileira em andamento, ambos iniciados em janeiro de 2020 - um utiliza proteínas sintéticas e, o outro, recombinantes. 

Universidade Federal de Viçosa (UFV)

O grupo trabalha em três candidatas à vacina. A primeira, num composto de proteínas recombinantes, forma uma “quimera vacinal” e é caracterizada pela inserção de pedaços do coronavírus na vacina da febre amarela. Outra, é baseada em subunidades proteicas do Sars-CoV-2 inseridas num fungo.

Já a terceira usa partículas virais parecidas com vírus (VLPs) que, através da engenharia genética, são produzidas para induzir a resposta imune ao vírus, sem no entanto possuir o genoma viral do Sars-Cov-2.


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