/

Home

/

Colunistas

/

A segunda Guerra Fria

Notícias

A segunda Guerra Fria

A segunda Guerra Fria

O mundo viveu nos últimos anos grandes divisores de água. Em pouco tempo, comparado com a lentidão dos séculos pretéritos, as mudanças experimentadas tiveram profundidade histórica, as quais configuraram novas conjunturas globais, a ponto do renomado historiador inglês Naill Fergunson considerar que estamos imersos numa segunda Guerra Fria.

A irrupção da Covid 19 introduziu transformações inesperadas, com as quais vamos lidar ao longo do século. Não só pelas distorções provocadas na taxa de mortalidade global, mas porque elas decorreram da morte de milhões de seres humanos em todas e indistintas camadas sociais, de sociedades ricas e pobres, e não apenas em trabalhadores desqualificados ou minorias étnicas. A pandemia gerou a mais brutal desigualdade social, só comparável aquelas decorrentes da peste negra na Europa medieval ou do  flagelo das grandes guerras mundiais, o que vem se constituindo no grande desafio da pós modernidade, principalmente porque abriu caminho a um surto político do esquerdismo, com suas mirabolantes promessas, fundadas na irresponsabilidade fiscal e no redistributivismo sem futuro.

O vírus da ganância imperial e totalitária também foi inoculado na Rússia pós soviética, sob o governo de Putin. A invasão da Ucrânia iniciou uma guerra sem fim. Sanções concebidas pelas potências democráticas do Ocidente causou danos a Rússia, porém novos arranjos econômicos, guiados pela China, tem mantido a mãe russa de pé, não sem provocar um desarranjo monumental na economia mundial.

A Ucrânia não está ganhando esta guerra, mas também não  está perdendo. Quanto mais ela se prolonga, mas complexa e intrincada se torna e mais difícil se arregimenta a mesa de negociações. O envolvimento direto dos Estados Unidos, visando negociar um cessar fogo, certamente inauguraria um estágio diplomático, necessário para alterar o atual estado do conflito, mas isto está tão longe acontecer na  administração Baden, como os  russos tomarem de assalto a capital Kiev.

Xi Jiping, contudo, não pode se dar ao luxo de ver Putin perder esta guerra ou de assistir de camarote seu colega  russo ser defenestrado do  Kremlin. A China concederá o apoio obsequioso ao esforço de guerra do urso siberiano até o desfecho final, quando, finalmente um acordo for estabelecido ou restarão os escombros de uma Ucrânia independente.  

Naturalmente, que não temos muitas esperanças na mesa de bar, regada a uma cervejinha gelada, proposta pela indefectível presidente do Brasil, a fim de aquietar os ânimos dos contendores! 

Se, todavia, a Ucrânia ressurgir da guerra vitoriosa, o cenário internacional protegerá Taiwan da invasão chinesa, tantas vezes adiada, a despeito da intenção chinesa tantas vezes revelada. A propalada invasão é, contudo, a mais grave ameaça à paz mundial e certamente o centro das atenções dos Estados Unidos.

Muitos historiadores contemporâneos chegam a admitir que esta agressão chinesa equivale à invasão da Polônia em 1939, pelo exercito alemão, cujo consectário foi a deflagração da segunda Guerra Mundial.

Não é por outra razão, que os Estados Unidos mantém estreita parceria militar com a pequena ilha do mar da China, fornecendo, crescentemente, sofisticados armamentos, com a finalidade de preparar a ilha, distante apenas 180 kms. da China continental, de uma provável agressão da República Popular da China.

O Brasil está a quilômetros luz desses conflitos, embora o presidente Lula da Silva anda doido para penetrar onde não é chamado, viajando pelo  mundo e  dando palpites que conduzem o país ao ridículo, desperdiçando  oportunidades preciosas, conferidas pelas reservas naturais do país, a inclusão do agronegócio perante a escassez internacional de  alimentos, a esplêndida biodiversidade existente, suas potencialidade energéticas, entre outras tão apreciadas mundo afora.

Mais recentemente, estarrecido, o mundo democrático presenciou o ataque terrorista desferido contra crianças, mulheres e homens, o sequestro de cidadãos e cidadãs indefesos, perpetrado pelo grupo Hamas, no território de Israel. 

A reação se concretizou através de uma guerra sem quartel movida pelo Estado de Israel, contra o terrorismo do Hamas, sem que se possa vislumbrar o atingimento dos objetivos finais, consistentes na eliminação do terrorismo e seus métodos assassinos, guerra que não tem poupado civis e inocentes entre a população da Faixa de Gaza, cidade situada na fronteiro de Israel,  convertida em casamata e refúgio dos terroristas. 

Esse brevíssimo resumo, diz bem da nova guerra fria que modela o mundo pós-moderno  e o coloca sob a opção de perseverar no modo de vida Ocidental, preservando a livre expressão do pensamento, as instituições da Democracia liberal e o livre mercado ou escolher a alternativa que suprime as liberdades.

Coluna anterior
O cupim da República
Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário
Eu li e aceito osPolítica de Privacidade.
© 2018 NVGO
redacao@fbcomunicacao.com.br
(71) 3042-8626/9908-5073
Rua Doutor José Peroba, 251, Civil Empresarial, 11º andar, Sala 1.102