Adriano Azevedo

O dinamismo da comunicação conectada à tecnologia
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O racismo religioso e os discursos de ódio que ofendem um povo descendente de uma raça que sangrou para manter vivas as suas memórias ainda persistem. A civilidade e a almejada pacificidade são os caminhos que, desde então, traçamos como enfrentamento deste nefasto sentimento, mas, infelizmente, a falta de respeito ainda domina uma minoria.

Em dezembro de 2022, escrevi e postei em minhas redes sociais uma nota repudiando o ato criminoso contra a estátua de Mãe Stella de Oxossi, no site que me tornei colunista. O Farol da Bahia entrou em contato comigo para que eu autorizasse a publicação relembre aqui o episódio. A possibilidade desta comunicação via digital também tem servido para propagar o nosso enfrentamento diário. Mas isso ainda é pouco! Faz-se necessário que haja respeito e empatia de forma intrínseca em cada ser humano – tendo em vista que, infelizmente, a ciência ainda não encontrou caminhos para mudar a natureza humana, pois, se assim fosse, não veríamos tantas guerras onde o mais fraco sempre padece.

Estamos no Novembro Negro, e, aqui em nosso país, no nosso estado e na nossa cidade não acontece de forma diferente: também vivemos grandes conflitos em que o racismo e os discursos de ódio fazem parte desta incansável batalha. No entanto, as armas que utilizamos continuam sendo a educação e a propagação do conhecimento via informação – Laroyê Exu! Para isto, fazemos uso da tecnologia: poderosa ferramenta que nos proporciona os meios – Ogun yê! Continuarei escrevendo para o Farol da Bahia que, junto à FB Comunicação, prosseguirá expandindo a maneira de levar o conhecimento, fazendo com que outros públicos tenham acesso a estas informações. A partir desta expansão, propagarei este conhecimento com os objetivos de informar e de fomentar a desconstrução de rótulos que depreciam a imagem do Candomblé e do povo preto: temas que, doravante, serão veementemente abordados.

Por meio de um processo chamado crossmedia – que é a distribuição segmentada da mesma narrativa em diferentes meios – os meus artigos e o PODOMBLÉ (Podcast sobre as religiões de matriz africana) foram criados com o objetivo de levar conhecimento e informação a todos os interessados. Não há intenção de converter ninguém, nem de falar sobre fundamentos do sagrado! O PODOMBLÉ chega com a perspectiva de aquilombamento, dando lugar de fala a quem de direito; reafirmando nosso protagonismo, sem precisar que terceiros contem a nossa história.

Exu: princípio masculino, regido pelo movimento e comunicação, anda de mãos dadas com Ogun: princípio masculino, regido pelo desbravamento e transformação: essências da tecnologia. 

Salve Exu;
Salve Ogun;
Salve o PODOMBLÉ!


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